10/05/2018 às 09:05, atualizado em 10/05/2018 às 09:12

Pesquisadores vão a campo coletar informações para a Pdad

Respostas a questionário digital integrarão documentos com os dados de cada região administrativa e do DF como um todo. Entre as dificuldades enfrentadas pelos agentes está a de serem atendidos pelos moradores

Por Samira Pádua, da Agência Brasília

Uniformizados e com questionário digital em mãos, pesquisadores percorrem as regiões administrativas do Distrito Federal para coletar os dados que integrarão os resultados deste ano da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad).

O trabalho é feito desde a segunda quinzena de março. Agora, eles estão no Núcleo Bandeirante, na Candangolândia, no Gama, no Cruzeiro e em Santa Maria e já o concluíram em Samambaia, no Riacho Fundo I e no Riacho Fundo II.

A Pdad tem como objetivo conhecer a situação socioeconômica, demográfica e de moradia dos residentes em áreas urbanas.

As informações, posteriormente consolidadas, integrarão documentos com os dados de cada região e do DF como um todo. Os resultados servem de base para o planejamento de ações governamentais e empresariais.

Os pesquisadores que coletam os dados para a Pdad utilizam colete amarelo com as marcas da Codeplan e do IEL-DF, além de crachá de identificação com telefones para contatoesquerda

Apesar disso, o presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), Lucio Rennó, expõe uma dificuldade encontrada pelos pesquisadores nas ruas: a de conversar com os moradores.

“Isso ocorre por diversos motivos: as pessoas não têm tempo ou estão em horário de trabalho, fora de casa. Há também certo receio de que possa ser um tipo de golpe.”

Ele alerta que prestar essas informações é muito importante para a cidade. Todos os dados passados pela população são sigilosos e tratados de forma coletiva.

Como reconhecer os pesquisadores da Pdad

Os agentes que coletam os dados para a Pdad utilizam colete amarelo com as marcas da Codeplan e do Instituto Euvaldo Lodi do DF (IEL-DF), além de crachá de identificação com telefones para contato, caso o morador deseje confirmar alguma informação repassada pelo pesquisador.

[Numeralha titulo_grande=”28.720″ texto=”Quantidade de domicílios que serão visitados para a elaboração da Pdad neste anodireita

Eles trabalham de segunda-feira a sábado, normalmente das 9 às 18 horas. Se necessário, segundo o instituto, poderá haver equipes nas ruas até as 21 horas. Há ainda plantão para atender a situações específicas, como retornar a um domicílio no domingo, caso o morador solicite.

O levantamento é feito pela Codeplan em parceria com o IEL-DF. O grupo foi capacitado e treinado pelo instituto, e o valor do serviço será abatido de dívida que a organização tem com a companhia.

Pesquisadores da Codeplan são os responsáveis pela checagem, pelo controle de qualidade, pela análise e pela divulgação dos dados.

Pesquisa está mais moderna

Para a Pdad deste ano, serão visitados 28.720 domicílios no DF, e, pela primeira vez, os pesquisadores utilizam uma plataforma digital para a coleta dos dados. “Isso permite agilidade e elimina a fase de digitação da pesquisa”, destaca o gerente de pesquisas socioeconômicas da Codeplan, Jusçanio Souza.

Com um tablet em mãos, eles iniciam o questionário, que foi ampliado de 50 para 86 perguntas. Entre elas, há questões sobre cor, raça, migração, escolaridade, trabalho e Estratégia Saúde da Família. Para mulheres com 14 anos ou mais, existem itens relativos a fecundidade.

A divulgação dos resultados ocorrerá parcialmente — ou seja, por regiões — e à medida que forem concluídos.

Os pesquisadores do instituto também vão percorrer sete cidades do Entorno do DF para conclusão da Pesquisa Metropolitana por Amostra de Domicílios. Para isso, levarão mais três meses. No total, são 12 localidades analisadas. Em cinco delas já houve a aplicação de questionários.

Edição: Raquel Flores