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04/12/2018 às 10:16
Aumento da oferta de testes na rede pública do DF e detecção precoce dos casos de HIV explicam a redução dos casos da doença
Brasília aderiu à campanha nacional Dezembro Vermelho de sensibilização da população para a prevenção e o tratamento precoce contra o vírus da imunodeficiência humana (HIV), a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST).
O período para mobilização em todo o País foi escolhido pelo Ministério da Saúde devido o Dia Mundial contra a Aids, promovido no mundo inteiro em 1º de dezembro.
[Olho texto='”Com o cuidado precoce, a carga viral será indetectável, impedindo a pessoa de transmitir o vírus, adoecer e desenvolver aids”‘ assinatura=”Sérgio d’Ávila, gerente de Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Saúdeesquerda
Gerente do setor de Infecções Sexualmente Transmissíveis, da Secretaria de Saúde, Sérgio d’Ávila alerta para a importância da adesão ao tratamento adequado o quanto antes.
“Com o cuidado precoce, a carga viral (quantidade de HIV no organismo) será indetectável, impedindo a pessoa de transmitir o vírus, adoecer e desenvolver aids, tornando-se, também, importante aliado na prevenção de novos casos.”
Segundo ele, outra característica atual é o aumento da detecção das ocorrências de HIV e a redução dos casos de aids, explicado pelo aumento da oferta de testagem na rede pública e pela detecção precoce das ocorrências, antes do adoecimento.
D’Ávila explica que a prevenção precisa combinar diversas estratégias, como usar preservativo, fazer o teste precocemente e o tratamento adequado do HIV e de qualquer outra IST.
Além disso, se a pessoa tiver se envolvido em uma situação arriscada, pode buscar a profilaxia pós-exposição (PEP) e a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) — uso de medicamento específico para evitar o HIV, com gerenciamento de risco para controle de outras infecções.
Conforme dados epidemiológicos da Secretaria de Saúde, até o fim de outubro de 2018, houve 635 notificações de HIV e 261 de aids no DF, contra 645 e 334, respectivamente, ao longo de 2017.
O perfil epidemiológico apresenta tendência de crescimento entre os mais jovens, principalmente os do sexo masculino.
Sérgio d’Ávila calcula que os casos na faixa etária de 15 a 24 anos representam aproximadamente 10% do total no ano. No início da década, significavam cerca de 2% das incidências anuais.
Segundo dados do Ministério da Saúde, as mortes por aids no DF reduziram em mais de 25% nos últimos dez anos — em 2017, houve queda de 6,7% em relação a 2016.