19/12/2018 às 14:52, atualizado em 19/12/2018 às 15:04

Desemprego segue estável no DF

A taxa passou de 18,4% em outubro para 18,5% em novembro. No último ano, 47 mil pessoas entraram na população economicamente ativa

Por Gabriella Julie, da Agência Brasília

A taxa de desemprego total no Distrito Federal passou de 18,4% em outubro para 18,5% em novembro deste ano. Os dados constam na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) 2018 divulgada nesta quarta-feira (19).

De acordo com a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), um dos órgãos que participam do estudo, a situação é de relativa estabilidade.

Em relação a novembro de 2017, a quantidade de desempregados aumentou em 10 mil pessoas. Isso ocorreu porque 47 mil pessoas entraram na população economicamente ativa, mas o acréscimo de ocupação foi inferior — de 37 mil trabalhadores.

Na análise por regiões administrativas, a pesquisa aponta que a menor taxa de desemprego é encontrada no grupo de média-alta renda. Em outubro, essa categoria acumulava 17% de desemprego. Agora, a taxa é de 16,3%.

O grupo engloba Águas Claras, Candangolândia, Cruzeiro, Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Sobradinho, Sobradinho II, Taguatinga e Vicente Pires.

Já a maior taxa de desemprego está no grupo de regiões que possui menor renda – Fercal, Itapoã, Paranoá, Recanto das Emas, Estrutural e Varjão. O número, no entanto, é considerado estável, pois passou de 23,6% em outubro para 23,7% em novembro.

O estudo ainda aponta o perfil dos afetados pelo desemprego no DF. Entre os desempregados, a maior parte é de mulheres, 55%. Quando considerada a idade, os jovens de 16 a 24 anos representam 43%. No atributo pessoal de cor, 74,3% são negros.

A coordenadora da PED no DF pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Adalgiza Amaral, acredita que dezembro e 2019 apresentarão resultados mais positivos, especialmente na queda da informalidade.

“Em 2016, tivemos crescimento de 24% de autônomos. Em 2017, o aumento foi de 12%. De junho para novembro desse ano, foram 3%. Isso revela que o mercado de trabalho tem outro cenário. Ele demora a reagir, mas a reação tem sido positiva”, avaliou.

O estudo foi produzido pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e pelo Dieese, em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), de São Paulo.

Veja a íntegra da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) de novembro de 2018.

Edição: Amanda Martimon