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24/02/2019 às 11:10, atualizado em 25/02/2019 às 11:39
As cinco festas aconteceram em pontos do Plano Piloto e no Cruzeiro, além do Carnaval Social na Estrutural
A folia do sábado (23) pré-carnavalesco no Distrito Federal começou cedo na praça Zumbi dos Palmares, no Conic, comandada pelo Comboio Percurssivo, que reúne 50 músicos oriundos do projeto que realiza oficinas de percussão na Torre de TV. É a quarta vez que o bloco sai no Carnaval, sendo que as três últimas foram com apoio do GDF. Segundo Mário Jorge, coordenador do grupo, esse incentivo é fundamental para planejar o evento. “Sem esse suporte não seria possível viabilizar a festa”, diz.
A Funarte recebeu os blocos Essa Boquinha Eu Já Beijei e Tuthankasmona que juntos promoveram uma festa em celebração à diversidade. Os blocos participaram do edital de grande porte e receberam R$ 100 mil para realizar a festa que contou com 86 banheiros químicos, duas ambulâncias, um posto médico, 50 seguranças e 16 brigadistas.
Com perfil LGBT e feminista, Essa Boquinha Eu Já Beijei está na sua sexta edição. A banda que anima a folia é composta por 14 musicistas e conta com público cativo que busca uma espaço democrático, seguro e amigável.
Bloco egípcio
A Tutankasmona surgiu como um bloco egípcio e busca trazer um espaço inclusivo para população trans e travesti, LGBT e está no seu quarto ano de Carnaval. Animaram a folia as DJs Rainhas do Babado e as Mcs do Bonde das Malditas. Esse é o segundo ano que os dois blocos se juntam para “causar”.
Para Mari Mira, uma das organizadoras dos blocos, o Carnaval é uma manifestação política. ”O Carnaval é uma ocupação política da rua, na perspectiva do livre acesso ao espaço público. É o espaço mais democrático, a tradição mais popular da nossa cultura, uma manifestação da cultura negra, e um local onde as pessoas conseguem convergir”, conclui.
Pedro Nogueira aprovou a organização do bloquinho pré-Carnaval. Segundo ele, o espaço contou com infraestrutura adequada, com banheiros, amplo espaço e sinalização. “Podemos curtir com tranquilidade. O bloco está muito agradável”, acrescentou.
Peleja
Em seu sétimo ano no período que antecede a folia, o bloco do Peleja também movimentou a Asa Norte com muito samba e marchinhas. A jornalista Débora Cruz, uma das organizadoras do bloco, agradeceu o apoio da Secretaria de Cultura, e afirmou que o Carnaval de Brasília vem crescendo a cada ano. “Precisamos valorizar o que é da casa antes de procurar ir para fora”, disse ao garantir que na capital não falta animação.
O Samba da Mulher Bonita agitou a noite no Cruzeiro com samba de qualidade. A festa reuniu famílias da região e de outras cidades como Sudoeste, Asa Sul e Asa Norte que curtiram ao som do ritmo popular. O administrador regional do Cruzeiro, Felipe Rodrigues, destacou a relevância do evento para a região. Segundo ele, a iniciativa movimenta a comunidade com investimentos, o que favorece o comércio local. Ele agradeceu a Secretaria de Cultura pelo investimento em ações que proporcionam a difusão cultural, levando o Carnaval a outras regiões.
*Com informações da Secretaria de Cultura