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30/05/2019 às 09:48, atualizado em 29/06/2019 às 13:27
Oficinas, que vão até junho, envolvem diferentes escolas, dentre as quais a vencedora da seleção final ganhará uma câmera semiprofissional e um desktop
Iniciado em abril deste ano, o projeto Luz, Câmera e Ação!, promovido em parceria entre a Secretaria de Educação (SEE) e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), está ensinando estudantes da Escola Bilíngue de Libras e Português Escrito de Taguatinga a produzirem um filme com a câmera do celular. Duas vezes por semana, durante três horas, os alunos passam pelas etapas de roteirização, figurino, filmagem, edição e produção. Encerrado o projeto, a Escola Técnica do Guará II promoverá um concurso para selecionar o melhor filme, que será exibido em 3 de junho, rendendo à escola vencedora uma câmera filmadora semiprofissional e um desktop.
A estudante do primeiro ano do ensino médio Kinverliy Freitas, 16 anos, que revela nunca ter tido contato com o mundo do cinema, descobriu nova motivação nas aulas. “Eu gostei de quando fizemos filmagens e maquiagens”, conta. Seu colega Rômulo Magalhães, 17, também está gostando do curso e das discussões sobre qual será o tema do filme. “É bom conhecer essa área logo, pois pode ser que eu trabalhe nela no futuro”, avalia.
Pós-graduado em produção audiovisual, Rodrigo Huagha, um dos professores do projeto, valoriza a orientação de treinar os jovens a utilizar o celular para fazer o filme. “É um equipamento incrível para o audiovisual”, destaca. “Eles já utilizam o celular nas redes sociais, por exemplo, para produzir conteúdo. Estamos dando a linguagem cinematográfica para eles, seja no dia a dia ou na escola, de forma que melhorem essa produção.”
Isabelle Esmeraldo, que dá aulas de maquiagem, ressalta que as oficinas ajudam no desenvolvimento da criatividade dos alunos. “Eles estão vendo que o cinema está ao alcance de todos, pois é possível fazer produções com vários tipos de materiais”, explica.
Outras escolas
As oficinas do projeto Luz, Câmera e Ação! contemplam também os alunos do Centro de Ensino Médio Industrial (Cemeit), do Centro de Ensino Médio 01 (GG) e da Escola Técnica do Guará II, bem como estudantes de outras escolas especiais que manifestem interesse em participar. É o caso de Emanoelly Matos, 16 anos, aluna do segundo ano do Centro Educacional I do Guará. Ela passou a se envolver com cinema em função de um projeto pelo qual teve que produzir um filme.
“Por ter essa experiência inicial eu sabia de algumas coisas, mas sempre aprendo algo novo”, comemora ela, que, além de adquirir novos conhecimentos nessa área, melhorou a interação com os colegas. “Precisamos uns dos outros para ter um bom resultado final, então também trabalhamos essa questão do relacionamento com o próximo”.
Também aluno do Centro Educacional I do Guará, Tércio Martins, 17, igualmente teve experiência com produções cinematográficas no colégio e utiliza o que aprendeu para se aprofundar na oficina. “Fico analisando todos os filmes a que assisto, os planos, os movimentos”, comenta. Essa formação específica, conta, o ajuda a delinear seu futuro acadêmico. “Ainda sou muito novo para decidir, mas com certeza vou fazer cursos na área”, prevê.