19/06/2019 às 17:48, atualizado em 29/06/2019 às 13:18

Fiscalização intensa diminui 18,91% das mortes no trânsito no DF

No aniversário da Lei Seca, nesta quarta (19), o Detran fez diversas ações de conscientização em Taguatinga e Ceilândia

Por Ana Luiza Vinhote, da Agência Brasília

Aldinéia Barbosa e a filha Isabel. Foto: Renato Araújo / Agência Brasília

A infração para quem assoprar o bafômetro e resultar a acima de 0,34 miligrama de álcool por litro de ar é considerada gravíssima. Há oito anos o valor da multa passou de R$ 1.915 para R$ 2.934,70 e, em caso de reincidência, é cobrado o dobro. O dinheiro arrecadado é destinado à sinalização, engenharia de tráfego, policiamento, fiscalização e educação de trânsito.

Além das ações e campanhas educativas que são realizadas durante o ano para conscientizar motoristas e pedestres a terem um comportamento adequado nas ruas da cidade, o Detran-DF fez blitzes, jogos interativos, apresentações teatrais e distribuiu panfletos em Taguatinga e Ceilândia nesta quarta. O mecânico Denilson Cardoso elogiou a iniciativa e ressaltou a importância da fiscalização. “Não adianta só aplicar multa, por exemplo, pois muitas vezes a pessoa continua insistindo no erro, bebendo e dirigindo. Se não houver uma conscientização como essa ela não vai aprender nunca”, comentou.

Conscientização

Para o diretor de Educação de Trânsito do Detran-DF, Marcelo Granja, a Lei Seca trouxe um debate social sobre o uso do álcool e a direção. “Há penalidades, como a multa, que pode ser pesada para a maioria das pessoas, mas perder uma vida e você ser o culpado dessa morte é um peso que se carrega para sempre”.

De acordo com Granja, durante as fiscalizações, que ocorrem durante o ano todo nas ruas, bares e escolas, há uma maior conscientização dos motoristas. “Antes da lei as pessoas não davam muita importância, mas agora um amigo alerta o outro. Um pai se preocupa mais com o filho ou vice-versa”, destaca.

Segundo o diretor, há planos de implementar essas ações em universidades. “Ainda temos que combater dois grupos: aqueles que têm o vício e outros que acreditam que conseguem dirigir bêbados. Não adianta a pessoa dizer que o álcool não muda o comportamento dela. Há estudos sobre essa questão”, explica.