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22/06/2019 às 14:21
Outras 225 mulheres colocarão o DIU dia 29 de junho, completando a ação da segunda-feira (17)
Metade das mulheres avaliadas por médicos do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) na segunda-feira (17) inseriram o Dispositivo Intrauterino (DIU) tipo T Cobre, não hormonal, neste sábado (22). Das cerca de 450 pacientes assistidas, 225 saíram da unidade médica com o contraceptivo. A previsão é que as outras sejam recebidas em uma semana. As demais serão redirecionadas na rede de saúde.
Na segunda-feira, aproximadamente 1,1 mil interessadas no equipamento compareceram à unidade médica. Naquele dia, elas passaram por processo de acolhimento e avaliação, além de palestras. Parte delas passou pela avaliação dos médicos e residentes de Medicina e já saíram com as datas de inserção do DIU agendadas. As demais, cerca de 650 triadas, serão remanejadas para a Atenção Básica das regiões a que pertencem e, em parceria com o Hmib, terão o dispositivo inserido.
“Uma equipe de mais de 20 profissionais se disponibilizou para estar aqui, atendendo às pacientes que vieram em razão do nosso chamado e entenderam a importância do planejamento reprodutivo”, valorizou a ginecologista e obstetra do Hmib, Andréia Regina Araújo. “Só tivemos como realizar tantos atendimentos de uma só vez por conta do comprometimento dos nossos médicos, residentes, enfermeiros, técnicos, seguranças, pessoal da limpeza”, defendeu.
As mulheres precisaram trazer um teste negativo de gravidez, solicitado a todas elas, no momento do acolhimento, e também ler e assinar um termo de consentimento para colocar o DIU que esclarece todas as questões sobre o uso do dispositivo, inclusive informa que ele não previne as doenças sexualmente transmissíveis.
Para Helena Alves de Sousa, 24 anos, essa ação foi fundamental para que ela e o marido pudessem ter mais tranquilidade de que não passariam por uma gravidez inesperada. “Já temos um casal de filhos e não pensamos em ter outro tão cedo. Como não me adapto a hormônios, a inserção do DIU vai mudar a minha vida para muito melhor. Já tem mais de um ano que estamos usando só preservativo, o que não é tão tranquilo assim”, revela.
Com apenas um filho, mas sem planos de ter outro por enquanto, Andreza Braga, microempresária, chegou cedo e foi uma das primeiras a ser atendida. “Eu estava tentando colocar o DIU na rede particular, mas, por conta do preço, ficou inviável para mim. Aqui, coloquei de graça, fui muito bem atendida pela equipe e estou voltando para casa com a tranquilidade de estar usando um método contraceptivo eficaz. Não tendo de me preocupar mais em não me esquecer de tomar o remédio todo dia”, comemorou.
Validade de dez anos
“A mulher precisa saber que não é necessário que ela se esterilize para poder ter o direito planejar quantos filhos quer e no momento em que julgar certo”, afirma a médica Andréia Araújo. Ela esclarece que o DIU tem validade de dez anos, mas pode ser retirado a qualquer momento antes disso, caso a mulher resolva engravidar.
“Levando em consideração a nossa vocação materna e infantil, essa ação é de grande importância para as mulheres do DF, no sentido de orientar e levar todas as informações sobre os métodos contraceptivos e também sobre o planejamento familiar”, destaca o diretor do Hmib, Rodolfo Alves Paulo.
*Com informações da Secretaria de Saúde