02/07/2019 às 11:24, atualizado em 02/07/2019 às 11:45

Acertada recuperação da Rodoviária do Plano Piloto

Trabalhos de prevenção determinados pelo GDF, com a interdição do trânsito no sentido norte-sul da plataforma superior, foram bem-sucedidos: monitoramento da Novacap confirma que não houve evolução na rachadura detectada

Por Lúcio Flávio, da Agência Brasília

As obras de reparo da rodoviária do Plano Piloto devem começar num prazo de 20 dias. A previsão é do diretor de Edificações da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), Francisco Ramos.  “Estamos providenciando o projeto básico, um relatório com termo de referência com as normas, os critérios técnicos e o orçamento, e depois vamos informar as empresas para a contratação dos serviços emergenciais”, informa. Os interessados serão informados por meio do site da Novacap nos próximos dias. O gasto da intervenção é de R$ 6 milhões.

[Numeralha titulo_grande=”R$ 6 milhões” texto=”Custo das obras de recuperação direita

Desde o dia 26, o GDF vem fazendo as intervenções devidas no local. O primeiro passo foi dado um dia antes, com uma vistoria em conjunto com a Novacap e a Defesa Civil no local, quando foi detectado, num curto prazo de tempo, na laje de cobertura da plataforma inferior, o avanço de uma abertura com risco de colapso imediato. Por determinação do governador Ibaneis Rocha, foi interditado o trânsito na plataforma superior da rodoviária, no sentido norte-sul. A inspeção realizada pelos dois órgãos no espaço detectou ainda outros 15 pontos problemáticos que também estão sendo inspecionados pela equipe da Novacap.

Segundo Francisco Ramos, a decisão preventiva do governo se mostrou correta e eficiente porque, de lá para cá, sem nenhuma movimentação de carros na região, não houve mais nenhuma alteração na rachadura detectada. “O importante foi fazer a interdição do local e evitar a sobrecarga nos pontos críticos, ou seja, nós monitoramos isso de lá para cá e não houve nenhum tipo de alteração”, assegura.

Reforço metálico

Após esse período de recuperação, dentro do prazo previsto, a Novacap vai continuar a monitorar as áreas críticas. Assim que a empresa entrar em ação, o procedimento a ser realizado é simples e prático. “É um serviço em que a empresa entra, escora e executa”, detalha Francisco.

Na prática, a primeira etapa do trabalho consiste no tratamento das fissuras, com o preenchimento dos espaços vagos entre os dois pilares de concreto com produtos químicos. Em seguida, o local recuperado será revestido por grossa manta de fibra de carbono, material dez vezes mais resistente que o aço. “É como se fosse um baita de um reforço metálico”, compara Francisco Ramos.