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16/07/2019 às 17:38, atualizado em 17/07/2019 às 08:31
Candidatos da capital terão a oportunidade de ingressar em instituições públicas e privadas do Brasil e de Portugal
Maior porta de entrada para o ensino superior do País, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 está chegando. A partir dele, 95.862 estudantes inscritos no Distrito Federal terão a oportunidade de ingressar em instituições públicas e privadas do Brasil e de Portugal.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prepara a aplicação das provas, que vai acontecer nos dias 3 e 10 de novembro. Na rede pública, alunos passarão por simulado.
“A rede da capital tem currículo próprio, mas completamente alinhado à Base Nacional Comum Curricular, e prepara diariamente os estudantes para esse momento que não é o único, mas que precisa evidenciar as aprendizagens em uma prova”, explica o subsecretário de Educação Básica da Secretaria de Educação do DF, Helber Vieira.
A principal ação pré-prova é o simulado feito anualmente para toda a rede antes do Enem. “É momento de o estudante que nunca participou experiencie e, ao mesmo tempo, lançamos os resultados para que os professores possam trabalhar com as principais dificuldades identificadas.”
Preparação
Aos 19 anos, Eduarda Alves é pura ansiedade. No último ano do ensino regular, a aluna do Centro Educacional 6 de Taguatinga ainda tem dúvida de qual curso superior vai fazer, mas garante que dará o melhor de si para conseguir uma vaga. Essa será a primeira experiência com a prova que sua irmã realizou no passado.
“Estou estudando muito. Na escola é praticamente preparação pura, com matérias focadas no exame. Temos praticado muita redação, que conta muito na prova”, diz. Ela se divide entre estudos e trabalho, mas o tempo livre é de cara nos livros. “Estou com medo, mas sei que eu posso. Estou focada nisso, sei que tenho capacidade e posso conseguir”, assegura. Mulheres como Eduarda são maioria entre os candidatos: elas compreendem 59% do total.
Estudante do Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), Lucas Leite fará a prova pela primeira vez como treineiro para experimentar a rotina de candidato, conhecer o formato do conteúdo cobrado no exame e para autoavaliar os conhecimentos. Como ele, são 8,3% dos inscritos na capital. Aos 16 anos, ele só finalizará a educação básica em 2020, mas já está de olho na melhor preparação para conquistar a vaga quando chegar sua vez.
O aluno acredita que experiência e conteúdo alinhados podem ser o caminho para chegar ao ensino superior. O objetivo é seguir o ramo de arquitetura, já que tem afinidade com cálculos. “Espero uma prova bem difícil, mas tenho me esforçado para ter um bom desempenho: revisando matérias de exatas e humanas, acompanhando atualidades.” Na escola, o morador de Vicente Pires diz ter suporte.
“Os professores são bem qualificados para passar toda a matéria que pode cair. Por ser um exame que engloba todo o Ensino Médio, às vezes não coincide com o conteúdo que estamos tendo na escola, mas o trabalho é muito voltado para o Enem e PAS (Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília)”, revela.
Jovens entre 17 e 19 anos representam 42,7% do total dos concorrentes. Os que têm entre 21 e 30 anos são 28,2%. A faixa etária menos comum é a de jovens menores de 16 anos, que compreendem 1,6% do total. Com relação à escolaridade, 62,7% dos que farão o Enem no DF já concluíram o ensino médio, enquanto 36,7% ainda estão em algum dos três anos finais.
A prova
No primeiro dia, serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e ciências humanas e suas tecnologias, com duração de 5h30. No segundo domingo, será a vez das questões de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias, com meia hora a menos.
A edição deste ano contará com espaço com linhas para rascunho da redação e para cálculos no final do caderno de questões. Para garantir segurança, lanches levados pelos candidatos serão revistados.
Os candidatos podem utilizar a nota para se inscreverem em programas como o Sistema de Seleção Unificada (SiSU), o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O desempenho também conta para estudar em Portugal, onde 37 universidades já aceitam os resultados do exame como forma de acesso aos cursos.
Serviço
Provas: 3 e 10 de novembro
Gabarito: 13 de novembro
Resultado individual: janeiro de 2020