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24/07/2019 às 15:25, atualizado em 24/07/2019 às 19:16
Produtoras do núcleo rural Rio Preto estão sendo capacitadas pela Emater-DF, que as ajudam a empreender. Assim, podem fazer mais do que cuidar do lar
Um grupo de produtoras rurais do núcleo rural Rio Preto, na região de Planaltina, trabalha a criação de uma cooperativa para comercializar artesanato, flores e panificados – e, assim, reduzir custos na compra de insumos. O grupo, chamado de Conexão Mulher, é composto por cem participantes.
“Temos um papel importante no desenvolvimento da comunidade, com atividades econômicas que permitem conciliar as diferentes tarefas que são ainda de ‘responsabilidade’ da mulher, como o cuidado com a família”, diz Gabriela Stein, que produz sabonetes artesanais.
Ela reconhece que, agora, estão mais unidas e participativas no que diz respeito à geração de renda. “Diante de um mercado que vende tanta coisa industrializada, queremos fortalecer a imagem dos produtos artesanais”, conta ela.
Das participantes do grupo Conexão Mulher, pelo menos 20 trabalham com artesanato, doces, flores e panificados. Para economista doméstica da Emater-DF Regina Lucia da Cunha Lima, a empresa tem o papel de empoderar as mulheres. “Isso se faz fornecendo capacitação, integrando e apoiando a comercialização dos produtos delas, para que possam fazer mais do que cuidar do lar.”
Por isso, a Emater-DF quer a formalização em uma cooperativa para facilitar a venda dos produtos. “Elas possuem importante papel na geração de renda para a família, por meio da transformação e agregação de valor a produtos agropecuários ou tradicionais e confecção de diversos tipos de artesanatos”, explica Regina.
Essas atividades trazem motivação, segurança, valorizam a autoestima e promovem a igualdade de direitos. “Permitem, por exemplo, o fortalecimento das mulheres em função da relativa autonomia que ganham em relação aos maridos em vista da importância socioeconômica dos trabalhos desempenhados. Muitos maridos acabam as apoiando e incentivando também”, conta.
Na semana passada, algumas representantes do grupo se reuniram com o presidente da Ceasa, Wilder Santos, e com o diretor-executivo da Emater-DF, Antonio Dantas, para pedir apoio na comercialização.
Para Dantas, é importante a criação do grupo para facilitar as vendas, compra de materiais e acesso ao mercado. Wilder Santos, por sua vez, disse que vai verificar a viabilidade de comercialização em algum espaço na Ceasa.
Para auxiliar na fabricação de produtos que necessitam de registro para comercialização, a unidade local da Emater-DF está montando uma agroindústria para uso coletivo, no centro da agrovila.
“A ideia é que as produtoras possam agendar o espaço para confeccionar seus pães, biscoitos, e outros produtos artesanais que precisam de registro para venda. Regularizando a agroindústria coletiva, fica mais fácil”, diz a gerente da Emater-DF no Rio Preto, Amanda Venturim.
Alguns equipamentos, como desidratadores e bancadas, foram doados pelo Centro de Capacitação Tecnológica e Desenvolvimento Rural (Centrer) da Emater. A estrutura física será adaptada conforme normas previstas para legalização de agroindústrias.
* Com informações da Emater-DF