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05/08/2019 às 15:30, atualizado em 05/08/2019 às 17:01
Os três novos prédios com 23 boxes devem ficar prontos em outubro. Processo licitatório para ocupação dos espaços será em setembro. Expectativa é que empreendimento gere cerca de 200 empregos diretos
Importante ponto logístico de distribuição de produtos hortigranjeiros do DF, a Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa) coloca em prática um plano de expansão que promete abrir mercado para outros produtos. A novidade é que até o mês de outubro o espaço pretende inaugurar três pavilhões com 23 boxes de 14 metros de altura e 300 metros quadrados, cada. Além de aumentar a capacidade de armazenamento dentro do local, possibilitando incrementar o leque já amplo de mercadorias ofertadas, a expectativa é de que o novo empreendimento gere cerca de 200 empregos diretos. O processo licitatório de ocupação das unidades deve ocorrer em setembro.
“Esse projeto faz parte de um planejamento de muitos anos da Ceasa, nascendo da necessidade de ampliar seus espaços de comercialização”, explica Wilder da Silva Santos, presidente da Ceasa. “Há uma demanda muito grande no mercado de espaços de comercialização, ainda temos mais espaços aqui para construir novos boxes”, continua o gestor.
As obras dos três grandes galpões estão em fase adiantada, com cerca de 30 homens trabalhando no local. O asfalto que dará acesso às grandes estruturas, e que ocupa uma área de 5.466 m², já está quase finalizado, assim como o sistema de esgoto e drenagem. Na parte da alvenaria, tanto a área externa e interna dos três blocos estão na fase final de reboco e até o fim de semana será concluída a infraestrutura do telhado.
A nova área deve começar a operar já no final deste ano. O investimento do projeto é de R$ 18 milhões, recursos vindos da própria receita da empresa em cobranças com aluguéis de espaço. A construção dos três empreendimentos, segundo o presidente Wilder Santos, vai melhorar a logística na Ceasa quanto à carga e descarga dos produtos. Com 14 metros de altura, os três prédios vão dar mais agilidade nas operações do dia a dia. E evitar desperdício de alimentos.
“Esse tipo de estrutura permite receber e estocar produtos de forma vertical, paletizado (em cima de plataformas de madeira). É um novo jeito de armazenar produtos, tudo por meio de empilhadeira”, detalha. “Não vai mais ter aquela coisa de ficar passando mercadoria de uma caixa para outra. Quando você faz a carga e descarga dessa maneira acaba estragando o produto”, observa.
Segunda pista
Outra novidade é a construção de uma segunda pista dentro da central de abastecimento para melhorar o fluxo de veículos na saída. A via, localizada atrás da Ceasa, conduzirá os motoristas diretamente à Estrutural e deve ser executada a partir de setembro. O projeto já está no Departamento de Estradas e Rodagem (DER-DF). “É para melhorar a mobilidade aqui dentro, evitando congestionamento”, reforça o gerente de engenharia e infraestrutura, Hugo Matsuoka.
Com a experiência de quem frequenta a Ceasa há 25 anos, sendo dez deles como permissionário do espaço, Isaias José da Silva, dono de uma empresa na área de frigorífico, vê com bons olhos o projeto de expansão do lugar. “É muito bom, principalmente porque a ideia é trazer novos atacados para cá. Não é só ficar restrito a hortifrúti”, avalia.
Revitalização
Com o plano de expansão, a Ceasa, por meio de sua Seção de Manutenção, realizou neste primeiro semestre de 2019, um trabalho de revitalização do local, chamando a atenção dos locatários e visitantes. As ações de reparos e prevenção vão desde reformas nos forros de alguns dos pavilhões, passando pela conservação da rede elétrica, com a troca em 100% da iluminação do prédio, à limpeza total das canaletas que recebem águas pluviais. Também foram reformados quatro banheiros públicos e as rampas de acesso ao mercado, além de limpezas das bocas de lobo e consertos de encanações. “Temos como meta atender os permissionários e o público em geral, garantindo, dessa forma, um ambiente de qualidade”, comentou o chefe da manutenção da Ceasa, Márcio José.
Criada em 1971, a Ceasa nasceu da necessidade de se ter um local para que os produtores da cidade comercializassem seus produtos, atendendo de forma abrangente, a procura da comunidade por alimentos de qualidade a preços acessíveis, tanto no atacado, quanto no varejo. Atualmente, são 280 boxes, sendo 161 permissionários, alguns deles ocupando mais de uma unidade. Às segundas e quintas-feiras são os dois principais dias de comercialização no atacado, com cerca de 540 produtores trabalhando no local. No sábado, das 4h30 às 14h, quase 200 varejistas expõem seus produtos para a comunidade.