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26/08/2019 às 09:39, atualizado em 26/08/2019 às 14:27
Organizada pela Secretaria do Trabalho, formatura da turma do curso de confecção vai mostrar ao mercado a produção dos estudantes
“Na verdade, é a formatura deles”, explica a coordenadora pedagógica da Fábrica Social, Denise Machado. “O desfile veio para valorizar o trabalho produzido por nossos alunos e mostrar a evolução deles no processo criativo”. Na lista de convidados, ela conta, há influenciadores da moda, representantes do setor produtivo e empresários do ramo da confecção. “Estamos chamando sindicatos, empresários, políticos… Nossa ideia é mostrar a qualidade e capacidade deles para o mercado.”
Maria Ilma Vieira, de 51 anos, é uma das formandas. Empolgada com o desfile, vai colocar a filha e a neta para apresentarem a produção de bolsas com estampas de oncinha. “Estou seguindo a tendência”, brinca, com a bolsa a tiracolo. Ilma diz que está planejando juntar-se com algumas amigas da Fábrica Social para empreender no campo dos acessórios. “Já fiz bolsas para todos da família; agora, é a hora de começar a fazer para vender”, conclui.
O estímulo à criatividade não parou por aí. Haverá alunos apresentando modelos que combinam tecidos mais pesados com leves. É o caso de uma das quatro peças que o estudante Breno da Silva, de 19 anos, vai mostrar. “Estou terminando um casaco de moleton azul que terá um capuz forrado com um tecido tipo toque-de-seda”, conta. “Vou desfilar com uma bermuda no mesmo tom do forro. É ousado, mas ficará muito bonito”.
O jovem faz parte de um grupo seleto de cinco homens que vão se formar no curso de confecção de vestuário da Fábrica Social. “Eu nem imaginava o quanto seria transformado aqui”, avalia Breno, que diz ter ingressado no curso por insistência da mãe e, agora, não se vê exercendo outra profissão. “Abri meus olhos para o mundo. Vou lutar para fazer a faculdade de moda e, depois, quero abrir minha própria loja”, disse.