04/09/2019 às 11:12, atualizado em 04/09/2019 às 17:29

DF é exemplo no tratamento de doenças raras na rede pública de saúde

Hospital de Apoio tem mais geneticistas que o resto do país e é o único no Brasil com odontopediatria

Por Agência Brasília *

Treze milhões é o número estimado de pessoas que têm um dos 8 mil tipos de doenças raras no mundo. No Distrito Federal, não há dados oficiais de quantos pacientes fazem parte deste universo, mas somente na rede pública de saúde, em 2018, foram feitas 4,5 mil consultas de primeira vez no Centro de Referência de Doenças Raras da Secretaria de Saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma doença é considerada rara quando afeta 1,3 indivíduo em cada grupo de 2 mil. Pelo menos 80% das patologias são de origem genética, enquanto as demais têm causas infecciosas, virais ou degenerativas.

“Cerca de 30% dessas doenças são tratáveis. E mesmo as que não são, pedimos que sejam encaminhadas ao centro de referência para receber o apoio adequado e multidisciplinar”, orienta a coordenadora (RTD) de Doenças Raras, Maria Teresinha Cardoso. Na unidade, localizada no Hospital de Apoio, são realizadas de 300 a 500 consultas mensais.

Os vários tipos
As enfermidades são agrupadas de acordo com os principais eixos de doenças raras, estabelecidos pelo Ministério da Saúde, em malformações congênitas e as de início tardio; deficiência intelectual; e erros inatos do metabolismo (doenças metabólicas). 

Assim, após a triagem inicial, conforme a idade, o acompanhamento é realizado no centro de referência e no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib).

Hospital de Apoio: ampliação prevista – Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Com o credenciamento, a rede receberá mais verbas do Ministério da Saúde, que poderão ser investidas em melhorias do serviço e na compra de insumos. No ano passado, somente o centro do Hospital de Apoio recebeu R$ 1,8 milhão em repasses em razão da produtividade.

Também está prevista ampliação do centro de referência do Hospital de Apoio. Os projetos complementares de infraestrutura estão sendo elaborados. A melhoria favorecerá a expansão dos laboratórios de diagnóstico e o aumento do fluxo de atendimento aos pacientes.

* Com informações da Secretaria de Saúde-DF