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26/09/2019 às 15:55, atualizado em 27/09/2019 às 10:13
Último cinema de rua do DF faz parte do projeto original da capital federal e tem a missão de privilegiar filmes fora do circuito comercial
Nada representa mais a cara do Cine Brasília, no entanto, do que o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Conceitualmente idealizado no seio da Universidade de Brasília (UnB) pelo historiador e crítico de cinema Paulo Emílio Salles Gomes, junto com os intelectuais da academia, a mais importante mostra de cinema do país surgiu cinco anos depois da inauguração do prédio, em 1965, com o nome de Semana do Cinema Brasileiro. O filme vencedor daquela primeira edição foi o drama social, A Hora e a Vez de Augusto Matraga, filme de Roberto Santos baseado na obra de Guimarães Rosa.
“O Cine Brasília acomoda um dos maiores festivais de cinema do país. Ele sempre foi feito por meio da Secretaria de Cultura, na antiga Fundação Cultural. É um produto do Governo do Distrito Federal”, reforça o coordenador do audiovisual da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Vanderlei da Silva. “Talvez o Festival não teria o glamour que tem se não fosse pelo Cine Brasília”, observa.
E, em seus 52 anos de edição, glamour foi o que não faltou no Festival, mas não apenas isso. Beldades como Leila Diniz, Sônia Braga, Carla Camuratti e Patrícia Pillar desfilaram pelo corredor do cinema, assim como os cineastas Arnaldo Jabor, Júlio Bressane, Rogério Sganzerla, Ruy Guerra e Vladimir Carvalho. Seu filme O País de São Saruê teve a exibição proibida em 1971, por conta das críticas políticas. O imbróglio culminou com o cancelamento das três edições seguintes do evento: 1972, 1973 e 1974.
“A mostra teve vários momentos importantes”, conta Vanderlei da Silva, do Audiovisual da Secretaria de Cultura. “O Cine Brasília resistiu a muitas tempestades. Teve momentos de glória, crítica, descrédito, rejeição”, escreve Berê Bahia no livro 30 Anos de Cinema e Festival – A História do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (1965 -1997).
Os principais ambientes do Cine Brasília, que é administrado por 12 servidores, fora o pessoal terceirizado da limpeza e segurança, são o hall de entrada, bem próximo as quadras 106/107 Sul. A localização dá um clima de cinema de bairro ao local. Sorte da vizinhança, que pode aproveitar o grande palco, a telona (14m x 6,30m), a enorme sala de público com suas 619 cadeiras e, além disso, na parede, o que poucos sabem, algumas intervenções de Athos Bulcão. No segundo andar, a sala de projeção, equipada com modernos equipamentos de exibição.
A mudança do projetor de película 35mm, um charme e importante símbolo de resistência do mais antigo cinema da cidade, é um filme à parte na história desse lugar emblemático. Isso porque os frequentadores cativos, cineastas e produtores, enfim, amantes da Sétima Arte, não queriam saber da novidade visual. Venceu o futuro, a modernidade, porém. O projetor digital 2k, que exibe filmes no formato DCP, ou seja, digital cinema packpage, um formato padrão do cinema digital, não deixa nada a desejar em qualidade de som e imagem a nenhum cinema da cidade.
“Todos os estabelecimentos do gênero passaram por essa adaptação que marcou a segunda década do século 20”, conta o gerente Rodrigo Torres. “Nossa projeção do ponto de vista técnico é excelente. Para continuar com sua condição social de exibir filmes, tivemos que passar por essa transição”, emenda.
Assista ao vídeo: