26/09/2019 às 17:10, atualizado em 26/09/2019 às 17:11

Exposição fotográfica mostra resgate da qualidade de vida de transplantados

Atividade integra o Setembro Verde, mês de conscientização sobre doação de órgãos

Por Agência Brasília *

| Foto; Breno Esaki / Secretaria de Saúde

O acervo conta com fotos pessoais cedidas pelos receptores de órgãos, com imagens mostrando as limitações vividas antes do transplante e registros da situação posterior. A comparação das fases do tratamento evidencia a superação, a independência, a autonomia e a nova vida dos transplantados.

Um dos expositores, o jornalista Tiago Damásio, 32 anos, tornou-se diabético aos oito anos. Com o passar do tempo o problema se agravou, culminando na paralisação dos rins e na dependência da hemodiálise. Em 2018 ele passou por um transplante duplo (pâncreas e rim) que lhe trouxe a cura do diabetes e o fim das sessões de hemodiálise.

“É preciso que as pessoas conversem em família sobre a doação de órgãos. O ato de doar, após perder um ente querido, vai além da generosidade, envolve compaixão e a consciência de que os órgãos podem salvar outras pessoas, como aconteceu comigo”, destaca Tiago.

Programação

Em 27 de setembro, Dia Nacional de Doação de Órgãos, será realizado um talk show, às 18h, com Tiago Damásio, receptor de pâncreas-rim. O evento acontece na praça central do Pátio Brasil Shopping, com mediação do jornalista Vinícius Sassine (revista Época e jornal O Globo).

Também está programado para o local um show musical de Davi Ramiro, marcando o encerramento das atividades do Setembro Verde.

Doador

No Brasil, a doação de órgãos só é efetuada após a autorização da família. Quem quiser doar órgãos precisa informar aos familiares sobre seu desejo e deixar claro que eles, por sua vez, devem autorizar a doação. Ainda é elevado o índice de não permissão por parte das famílias.

Para se ter ideia, seria possível zerar a fila das pessoas que esperam por um órgão compatível se as famílias de todos os possíveis doadores concordassem com o ato. Hoje, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 43% dessas famílias ainda se negam a doar.

 

* Com informações da Secretaria de Saúde