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27/09/2019 às 09:25, atualizado em 27/09/2019 às 15:30
Anac mostra que a capital registrou o segundo melhor desempenho do país. Redução de ICMS sobre o querosene estimula aumento no número de voos
O número de passageiros internacionais em Brasília cresceu 41% entre janeiro e agosto deste ano, conforme números da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Apenas nos oito primeiros meses de 2019, exatos 217,9 mil passageiros de voos internacionais utilizaram o Aeroporto Juscelino Kubitschek, contra os 154,2 mil registrados no mesmo período de 2018.
O dado posiciona a capital federal no segundo lugar do ranking de terminais que tiveram os melhores desempenhos quanto a chegadas do exterior. Fortaleza, que lidera a relação, apresentou um crescimento de 74%, passando de 104,3 mil viajantes, em 2018, para 181,5 mil neste ano. Já Salvador ficou em terceiro: subiu de 148,5 mil para 156,1 mil (+ 5,2%).
A secretária de Turismo do Distrito Federal, Vanessa Mendonça, comemora os resultados e prevê novas altas ainda neste ano. “Com a chegada dos três novos voos de Santiago, Lima e Assunção, a nossa cidade receberá ainda mais. E a nossa expectativa é que até dezembro sejam anunciadas novas rotas”, adianta.
Ela também credita parte do aumento às políticas de promoção turística do destino Brasília e à isenção de vistos aos Estados Unidos, Japão, Austrália e Canadá.
A Inframerica administra o terminal brasiliense desde 2012 e este aumento no movimento de passageiros é reflexo do investimento realizado pela concessionária. “Estamos ainda mais trabalhando para atrair novos voos”, conta Rogério Coimbra, diretor de assuntos corporativos da Inframerica.
Vamos tornar o Aeroporto de Brasília uma opção internacional fora do eixo aeroviário que está concentrado na região SudesteRogério Coimbra, diretor de assuntos corporativos da Inframericaesquerda
Ele ainda defende que o aumento internacional também é consequência de uma política acertada de incentivo fiscal para o mercado de aviação civil na Capital Federal.
As companhias aéreas brasileiras que operarem mais voos internacionais no Aeroporto de Brasília tem maior desconto no ICMS que incide sobre o querosene de aviação em seus voos nacionais.
“O benefício é componente fundamental na estratégia de atração de novas rotas. Com esta política fiscal indutora o DF poderá ser ainda mais atrativo para o investimento das empresas”, comenta.
Novas rotas
Desde que o governo Ibaneis Rocha reduziu a alíquota de ICMS sobre o querosene de aviação, atualmente entre 7% e 12%, Brasília elevou em 66% a oferta de conexões internacionais, passando de seis para dez voos.
Até maio, a capital operava viagens diretas para Miami, Orlando, Punta Cana, Lisboa, Panamá e Buenos Aires. Já em junho, teve início a ligação com destino a Cancún, e nos meses de outubro, novembro e dezembro vão começar frequências para Santiago, Lima e Assunção, respectivamente.
* Com informações da Secretaria de Turismo