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08/11/2019 às 11:19, atualizado em 08/11/2019 às 16:05
Agora, os pacientes do Hospital da Região Leste recebem alta e são contrarreferenciados para Atenção Primária
O Hospital da Região Leste (HRL, antigo Hospital do Paranoá) iniciou um projeto de fluxo de contrarreferência da Atenção Terciária (hospitalar) para Atenção Primária. Isso significa dizer que os pacientes que recebem alta hospitalar são encaminhados para as equipes de Saúde da Família, garantindo que eles tenham um atendimento integral e maior vínculo com sua equipe de referência.
“Com a desospitalização planejada e integrada a um sistema de contrarreferência, podemos evitar possíveis reinternações”, explica a chefe do Núcleo de Gestão da Internação, que contempla gestão de leitos e o Núcleo de Internação e Alta (NIA), Fernanda Borges Goulart.
O projeto se iniciou na Medicina Interna e na Pediatria. “Os pacientes de alta hospitalar serão encaminhados ao NIA para atualização de cadastro do prontuário eletrônico, que enviará, diariamente, a planilha das pessoas de alta com os dados necessários, para Atenção Primária. As Equipes de Saúde da Família farão contato com esses pacientes para marcar a primeira consulta pós-alta hospitalar”, detalha a Fernanda.
Tradicionalmente, porém, a Região de Saúde Leste já realiza esse serviço, na parte materno-infantil. E, segundo Fernanda Goulart, a intenção é ampliar o projeto para outras áreas do hospital.
“Queremos implementar em todas as alas de internação (Ortopedia coluna, Ginecologia, Clínica Cirúrgica, Ucin, UTI) e Pronto-socorro. Essa ampliação será feita em etapas durante o primeiro semestre de 2020”, revela.
Atualmente, o Hospital da Região Leste registra cerca de 1.550 altas hospitalares por mês.
Mudanças
A ampliação tem sido possível por dois motivos. Um deles foi a mudança de local do Núcleo de Internação e Alta dentro do hospital. “Antigamente, o NIA ficava fora da rota de saída/liberação dos pacientes de alta hospitalar. Com a assinatura do contrato de manutenção, adequou-se um novo espaço, com localização estratégica na rota de alta/saída dos pacientes, após autorização de saída expedida pelo NIA”, detalha a chefe do local.
Mais horas de trabalho foi outro motivo que também ajudou na ampliação do projeto. “A ampliação da carga horária para o regime de 40 horas também possibilitou o fortalecimento do setor, que atua de maneira mais eficiente na contrarreferência do paciente encaminhado para continuar acompanhamento na Atenção Primária, tendo sua equipe identificada e previamente sinalizada da alta do paciente”, ressalta a superintendente da Região de Saúde Leste, Raquel Bevilaqua.
* Com informações da Secretaria de Saúde