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12/11/2019 às 12:02, atualizado em 12/11/2019 às 12:11
Para a construção, estima-se investimento de R$ 500 milhões. Obras devem ser iniciadas no segundo semestre de 2020, com a conclusão da primeira etapa prevista para 2022
O Consórcio Arena BSB, em parceria com arquitetos e urbanistas do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), selecionou três projetos arquitetônicos para a construção do boulevard comercial entre o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Parque Aquático Cláudio Coutinho e o Ginásio de Esportes Nilson Nelson. Segundo o presidente da Arena BSB, Richard Dubois, o consórcio pretende começar as obras em julho do ano que vem e entregar a primeira etapa do Complexo Esportivo em 2022. O GDF trabalha para garantir celeridade à construção do empreendimento.
Os finalistas do Concurso Nacional de Arquitetura e Paisagismo para Requalificação do Complexo Esportivo e de Lazer Arena BSB foram anunciados nessa segunda-feira (11). Os arquitetos Rodrigo Salvati, da Salvati Empreendimentos Imobiliários de Caxias do Sul (RS); André Augusto Prevedello, da AP Arquitetos de Curitiba (PR); e Éder Rodrigues de Alencar, da ARQBR Arquitetura e Urbanismo de Brasília (DF) concorrem ao prêmio de R$ 5,2 milhões que será dado ao projeto escolhido.
Foram inscritos 46 projetos de profissionais de todo o país interessados em participar das obras de reestruturação do Eixo Monumental, que, nos próximos anos, ganhará mais espaço para lazer, com cinemas, bares, restaurantes, academias, casas de espetáculos e lojas. Agora, os selecionados vão detalhar seus projetos e reapresentá-los à comissão julgadora em 9 e 10 de dezembro. O resultado final será divulgado no dia 14 de dezembro.
O consórcio Arena BSB vai investir cerca de R$ 255 milhões nas obras civis e outros R$ 55 milhões no projeto de paisagismo. Outros R$ 200 milhões devem ser investidos pelos ocupantes do espaço em obras internas em cada loja ou restaurante.
Dubois afirmou que, mesmo sem a escolha final do projeto, o consórcio já deu entrada na análise do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para a obtenção do licenciamento da obra. O EIV detalha os impactos que o empreendimento vai gerar em seu entorno. “Sua análise demora de três a seis meses. Ele é a mãe das licenças, o que vai permitir a construção do empreendimento como um todo”, explica.
Licenças
Com o detalhamento dos projetos e a escolha do vencedor, ele acredita que, até março, será possível dar entrada nas outras licenças específicas necessárias para a realização das obras, que devem ser liberadas em até 45 dias. “Assim, a gente espera ter toda a documentação em mãos até junho para já começarmos a construção do boulevard”, diz.
Segundo o executivo, a primeira fase do complexo, com cerca de 60 mil metros, será concluída até 2022, e a segunda parte, o equivalente a 30 mil metros, em 2024. Além de espaços de lazer, o complexo terá 16 quadras de tênis e dois campos de futebol que poderão ser utilizados pela comunidade mediante uma espécie de aluguel. “Esses campos de futebol poderão ser usados, por exemplo, em jogos do Candangão que não têm público para encher o Mané Garrincha. Ficará mais barato para os clubes”, diz Richard Dubois.
O diretor de Novos Negócios da Terracap, Sérgio Nogueira, afirma que o GDF vem acompanhando de perto a realização do concurso e vai trabalhar para garantir a celeridade da concessão dos alvarás para a construção do complexo. “O Arena BSB é um projeto de governo e é nosso interesse garantir rapidez ao processo e fazer com que as coisas ali andem logo”, afirma.
Contrato
A Terracap e a empresa Arena BSB assinaram, em julho passado, contrato de concessão, por 35 anos, do Centro Esportivo de Brasília. Segundo o contrato, a gestão do Estádio Nacional Mané Garrincha, do Parque Aquático Cláudio Coutinho e do Ginásio de Esportes Nilson Nelson seria conjunta por 180 dias. Ou seja, o custo para a manutenção dos equipamentos é do GDF.
A partir de 27 de janeiro, porém, a Arena BSB vai arcar com todas despesas do complexo, o que vai gerar uma economia entre R$ 700 mil e R$ 1 milhão por mês. O consórcio tem um prazo de cinco anos para edificar todo o boulevard e, a partir do 6º ano, o GDF vai receber R$ 5 milhões de outorga pelo uso do espaço, além de 5% mensais sobre o faturamento bruto anual do complexo quando ele for maior que R$ 85 milhões por ano, cerca de R$ 8 milhões a cada mês.