20/11/2019 às 15:46, atualizado em 20/11/2019 às 16:51

Aprendizados se multiplicam em ações coletivas

Alunos da Fábrica Social constroem jardim e horta em Samambaia, numa iniciativa que pode contemplar outras regiões

Por Renata Moura, da Agência Brasília

Secretário de Trabalho, João Pedro Ferraz: “Nosso objetivo é encaminhar todo esse pessoal para o mercado de trabalho”

O grupo de alunos é formado por cidadãos inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) do governo, com renda individual de até R$ 178 e idade mínima de 16 anos. “São pessoas que precisam muito de qualificação para ingressar no mercado”, resume Ferraz.

Foco no mercado

O secretário de Trabalho acredita que cerca de 10% dos alunos na Fábrica Social já estão sendo integrados ao mercado de trabalho. “Se a gente considerar um contingente de cerca de mil alunos, serão mais 100 trabalhadores conquistando sua independência financeira”, avalia. “É isso que estamos buscando”.

Apolo de Jesus Santos, 21 anos, aluno do curso de jardinagem e paisagismo, faz parte dessa estatística positiva. Ele conseguiu trabalho a partir da capacitação que recebeu na Fábrica Social. “Aprendi o corte das plantas, como adubar a terra, a importância do calor, do sol, as plantas mais adaptáveis ao clima de Brasília”, detalha.

Agora, Apolo trabalha como assistente de jardinagem nas áreas verdes dos fóruns de Ceilândia e Taguatinga. “Aqui a gente aprende o que aplica na prática”, completa o estudante, que ajudou na construção da horta da Agência do Trabalhador de Samambaia Sul.

Empreendedorismo

As amigas Erlane Mariana Santos, de 26 anos, e Kelly dos Santos Leão, 30, são alunas do curso de construção civil da Fábrica Social. Juntas, a dupla e seus colegas de turma foram os responsáveis por erguer o pergolado da Agência do Trabalhador em Samambaia Sul. “É bonito a gente ver que o suor valeu”, conta Erlane. “Trabalhamos no nivelamento do terreno, na escavação das estruturas… tudo foi feito por nós”.

Há um ano estudando na Fábrica Social, as amigas já planejam uma parceria para os negócios no futuro. “Quando a gente concluir o curso, estamos pensando em abrir uma pequena empresa só com mulheres para atuar no mercado da construção civil”, vislumbra Kelly.