28/11/2019 às 09:36, atualizado em 29/11/2019 às 13:49

Público poderá interagir com o dia a dia dos animais

Visitas guiadas ao Zoológico de Brasília passam a oferecer mais atrativos ao público, que pode vivenciar a proximidade com os habitantes da casa

Por Gizella Rodrigues, da Agência Brasília

A professora Alessandra Martino alimenta a elefanta Belinha: “Nunca tinha conseguido fazer a visita com um guia. Foi incrível”

  • Cobras e jacarés – Durante a aula, aprenderam que devem fotografar a cobra caso sejam picados (o tipo de soro que vão precisar tomar depende do veneno do animal peçonhento), foram orientados a diferenciar um jacaré de um crocodilo e souberam que o crocodilo tem força para fechar a mandíbula, mas não para abri-la – uma informação importante para alguém que, em qualquer circunstância, encontrar um animal dessa espécie.
  • Onça-pintada, mordida fatal – No museu, os estudantes também ficaram sabendo que a mordida da onça-pintada é a mais forte entre a de todos os felinos. Ela normalmente ataca pelas costas, mirando na nuca da vítima, e uma abocanhada do animal é capaz de separar o crânio da coluna vertebral.
  • Ciclo das borboletas – Em seguida, eles visitaram o borboletário do zoológico, que abriga 16 espécies. No local, aprenderam sobre o ciclo de vida da borboleta, que é dividida em quatro ciclos: ovo, larva, pupa e adulto. Todo o ciclo costuma levar 120 dias, mas a vida de uma borboleta adulta é curta, durando no máximo três semanas.
  • Caixa peçonhenta e o resgate – Passaram ainda pelo serpentário e viram, dentro de uma caixa, uma aranha caranguejeira e um escorpião vivos. Seguraram um jabuti e uma tartaruga da espécie tigre d’água, que chegou ao zoológico depois de ser resgatada do tráfico de animais  silvestres e perdeu um dos olhos.
  • Gigantes da África – O momento mais esperado era a hora de ter contato com os animais de grande porte da galeria África. Além de alimentar a girafa e a elefanta, os estudantes podem assistir ao exercício por reforço positivo dos hipopótamos, quando eles são treinados a obedecer o comando “abre” e abrem a boca para ser alimentados.

Experiência positiva

Lethícia Queiroz, 15 anos, só se lembrava do zoológico por fotos. A última vez em que esteve no local, tinha cinco anos. Disse que a experiência de alimentar a girafa foi “inovadora” e também adorou a oportunidade de ver na prática os ensinamentos dados em sala de aula. “Na escola, às vezes fica muito teórico; aqui pudemos ter novas sensações”, resumiu.

A professora de Biologia Alessandra Martino leva estudantes ao Zoológico de Brasília há sete anos, mas nunca havia chegado tão perto dos animais. Na tarde de quarta-feira, ela alimentou a elefanta Belinha e comemorou: “Nunca tinha conseguido fazer a visita com um guia. Foi incrível. O conteúdo do segundo ano é voltado para os seres vivos. Eles estudam sobre animais e plantas, por isso trago os alunos aqui. Muitos nunca vieram ao zoológico ou vieram poucas vezes, pois os pais não tinham o hábito de trazê-los”.

 

Cinco roteiros

O Jardim Zoológico de Brasília oferece cinco roteiros para as visitas guiadas –“Evolução dos vertebrados”, “Animais ameaçados de extinção”, “Desmistificando os répteis”, “Bem-estar dos animais” e “Noções básicas do reino animal”, que duram, em média, duas horas e meia e são indicados para crianças a partir de oito anos.

Todas as visitas guiadas são feitas nos turnos matutinos e vespertinos mediante agendamento. São gratuitas para escolas públicas e custam R$ 15 para alunos de instituições particulares. Um professor ou acompanhante é isento de pagamento para cada dez estudantes. Os grupos podem ter, no máximo, 30 pessoas. As visitas também são abertas à comunidade, desde que o grupo tenha no mínimo dez pessoas.  Os interessados devem enviar e-mail para deam@zoo.df.gov.br.