29/11/2019 às 18:46, atualizado em 02/12/2019 às 13:31

Chegam ao fim os tempos de entulho no Taguaparque

Área que virou lixão no principal parque de Taguatinga é revitalizada em mais uma ação de melhoria na cidade

Por Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília

Transmissores: pássaros espantados por máquinas pousam em telhados das cercanias do lixão

A intervenção é mais uma medida para melhorar a qualidade de vida da população. Além de limpar o espaço e obstruir o acesso de veículos, o governo do DF vai aumentar as duas bacias de detenção de água das chuvas. Cada uma tem capacidade de armazenar cerca de 600 mil litros de água, o que deve ser aumentado em 50%. Ao final desse trabalho, dezenas de mudas de ipê serão plantadas onde atualmente é só lixo.

Saiba mais sobre o GDF Presente

Administrador do Taguaparque, Daniel Leite tem buscado recursos para cercar o terreno de 95 hectares. “Nosso intuito é mudar a filosofia de uso do Taguaparque, fazendo dele uma área de preservação com árvores nativas da região”, destaca.

Liderada pela coordenação do GDF Presente do Polo Oeste (responsável pelas regiões administrativas de Brazlândia, Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e Samambaia), a ação é uma iniciativa da Administração Regional de Taguatinga. Esse é o 13º lixão eliminado apenas neste ano.

“Queremos, além de extinguir esses lixões clandestinos, ensinar a população a dar o destino correto ao lixo que descartam, que é o papa-entulho da QNG 46”, completa o administrador regional de Taguatinga, Geraldo César de Araújo.

Doenças

Além dos problemas ambientais causados pela descarga de lixo e entulho em área proibida, moradores vizinhos ao Taguacenter estão expostos a doenças transmitidas pelas dezenas de pombos que se acumulam sobre o lixo. Durante a presença da equipe da Agência Brasília ao local, nesta sexta-feira (29), eram constantes as revoadas das aves devido à ação das máquinas. Resultado: um amontoado de pássaros nos telhados das casas ao redor do lixão.

Vizinhos ao parque contam que são constantes os descartes de entulho e lixo por caminhões, carroças e veículos particulares. O empresário Alexandre Borges, de 46 anos, relata que recentemente chegou a tirar satisfação com um caminhoneiro e quase foi agredido.

Interessado na conservação do parque e na limpeza da quadra onde mora, Alexandre tentou por algumas vezes impedir a entrada de carros com barras de ferro fixadas no chão. Em vão, pois as barras acabaram furtadas.

“É excelente o que estão fazendo na limpeza deste terreno. Este lixo é um problema para todos nós que moramos aqui”, comemora o morador.