16/12/2019 às 12:20

Melhorias na Região de Saúde Sul beneficiam usuários

Com a revitalização na estrutura das unidades e o investimento em programas que reforçam vínculos entre pacientes e servidores, todos lucram

Por Agência Brasília *

No HRG, a troca das telhas foi um dos trabalhos concluídos em tempo hábil | Foto: Breno Esaki / SES

Para melhorar o atendimento aos usuários dessa região, a Secretaria de Saúde (SES) priorizou transformações na estrutura física do HRG. As manutenções prediais de emergência ocorreram em ritmo acelerado, como a troca de telhas a e substituição da manta de impermeabilização nos pontos mais críticos do hospital – a UTI e o centro cirúrgico.

“As melhorias mudaram o aspecto estético do centro cirúrgico”, ressalta a enfermeira Priscila de Matos. “O ambiente ficou mais funcional, iluminado e com instalações mais adequadas para o repouso dos profissionais. A equipe se sente mais segura e o paciente ganha muitos benefícios, como o risco menor de infecção.”

Após 20 anos desativadas, as duas caixas d’água do hospital foram demolidas. As estruturas de mais de 50 anos serão substituídas por um reservatório mais moderno, prático e fácil de limpar. Também foram revitalizadas as duas enfermarias, o setor de radiologia, os corredores centrais e o laboratório da unidade.

Renovação total

 No HRG, o laboratório de patologia clínica foi revitalizado e ampliado. Outra melhoria foi a instalação do programa Wi-fi Social, que permite aos pacientes acesso aos resultados dos exames pela internet. No setor, que realiza em média 100 mil exames de rotina por mês, houve troca do piso, nova pintura e reparos nas redes elétrica e hidráulica, além da ampliação geral das instalações.

Ainda no HRG, que ganhou uma nova sala de curva glicêmica, a recepção foi ampliada e recebido uma rampa de acesso para cadeirantes. As antigas bancadas de madeira foram substituídas, e novos boxes para coleta de sangue já estão disponíveis. Todos os vasos sanitários e torneiras também foram trocados e um corredor inteiro foi aberto para melhorar o fluxo entre pacientes e profissionais de saúde.

“A última reforma realizada no laboratório foi há mais de sete anos”, informa o chefe do laboratório, Rivaldo Corcino. “Não havia passagem para os pacientes. Antes, eles tinham de passar pela área técnica, circulando por todo o laboratório, o que é totalmente contra as normas da Vigilância Sanitária. Agora, temos uma outra área de circulação, novos espaços e melhorias. Com isso, profissionais e pacientes ganharam um laboratório de alto padrão.”

Outras unidades

A Unidade Básica de Saúde (UBS) 8 de Santa Maria também passou por uma grande transformação. O prédio, que era um galpão com salas improvisadas, foi totalmente reestruturado.

Agora, o local dispõe de duas salas de acolhimento, dois consultórios médicos, consultório de enfermagem, sala para os agentes comunitários de saúde, sala de procedimentos (curativos), central de material esterilizado, dispensação de material de limpeza, copa e cinco banheiros.

A Região de Saúde Sul também é assistida por duas policlínicas, uma em Santa Maria e a outra no Gama. Ao todo, a região é servida por 20 UBS, sendo sete em Santa Maria, 11 no Gama e duas em unidade prisional. Desse total, duas atendem com expediente ampliado até as 22h.

Na região, 67 equipes de Saúde da Família atendem no Gama e em Santa Maria. A cobertura chega a 90% no Gama e a 75% em Santa Maria. Há oito novas salas de acolhimento nas UBS de Santa Maria e do Gama, que ganharam enfermeiros e técnicos de enfermagem. As salas garantem a solução da maior parte dos atendimentos da demanda espontânea.

Acesso ampliado

“Somos uma região comprometida com os nossos usuários”, destaca a diretora de Atenção Primária, Regiane da Costa. “Em novembro, abrimos salas de acolhimento, ampliamos o horário em duas UBS e abrimos dispensação de medicamentos sob controle especial em mais duas farmácias no Gama. Estamos trabalhando para oferecer melhores condições de trabalho aos nossos servidores e qualificando nossa oferta de serviços.”

Na UBS 1 de Santa Maria foi inaugurada a geladeira literária, com o objetivo de proporcionar aos usuários o acesso a livros. Com o equipamento, a unidade oferece ao paciente que aguarda pela consulta a oportunidade de leitura em ambiente público.

Na unidade foi criado um grupo de artesanato para pacientes que fazem uso de medicação sob controle especial. A iniciativa visa estimular o espaço para diferentes atividades, como orientações em saúde, troca de receitas, aferição da pressão arterial e da glicemia.

Vínculos fortalecidos

A busca por qualidade nos serviços, com maior acolhimento e opções de ações educativas e trabalhos em grupo, vem ampliando o vínculo entre os profissionais de saúde e os pacientes. Assim acontece no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps AD) II de Santa Maria. O Caps AD é um serviço público destinado a pessoas com mais de 16 anos que apresentem sofrimento psíquico intenso decorrente do uso de álcool e outras drogas.

Em Santa Maria, o centro é uma referência na busca de terapias para a saúde mental, promovendo e apoiando trabalhos em grupo com bons resultados. Um dos grupos de apoio do Caps AD já recebeu a premiação como prática exitosa da Rede de Atenção Psicossocial no Distrito Federal (Raps-DF), durante o Seminário Internacional do Observatório de Saúde Mental da Universidade de Brasília (UnB).

O grupo de corrida Pé na Estrada, do Caps AD Flor de Lótus – que oferece terapia esportiva –, ficou em primeiro lugar na categoria de projetos inovadores.

Motivando pacientes

As atividades desenvolvidas no Flor de Lótus beneficiam vários pacientes, como o corredor Carlos Edson Medeiros, de 42 anos, que passou por uma fase difícil. Com sentimentos e emoções controladas, ele entrou em depressão profunda e buscou refúgio nas drogas. No Flor de Lótus, ele encontrou assistência para tratamento e cuidados específicos para a saúde mental.

“Sempre gostei de esportes, e somar atividade esportiva com terapia foi um resgate na minha vida”, conta Carlos Edson. “No grupo eu posso me expressar, mostrando que é possível vencer a dependência química com atividade física.”

Pacientes e servidores participam das atividades do Flor de Lótus. Uma vez por semana, as pessoas atendidas no local correm, fazem lanches coletivos e trocam ideias. O resultado é mais qualidade e resultados positivos no trabalho terapêutico.

“O trabalho em grupo motiva os pacientes, mostrando que a dependência pode ser superada”, explica o psicólogo Thialles Felipe Lima. “São muitos os benefícios da corrida para a saúde física e mental. Há uma diminuição na ansiedade e aumenta o vínculo entre profissionais e pacientes.”

* Com informações da SES