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21/12/2019 às 13:25, atualizado em 21/12/2019 às 23:23
Governador vestiu o avental do projeto Nosso Natal e preparou prato típico da festa para a população
Um dos segredos da receita do peixe, segundo o governador, é cozinhar batata e bacalhau ao mesmo tempo. Assim ela absorve mais sabor, acrescenta Ibaneis.
“Sou um fã da cozinha, da culinária mais simples, inclusive. Fiz muito isso [cozinhar em grandes quantidades] quando fui presidente da OAB [Ordem dos Advogados do Brasil], nos eventos que nos produzíamos. Está sendo um dia de glória a todos nós, um tempero com muito amor para toda a população do Distrito Federal e em especial à de Samambaia”, comentou Ibaneis Rocha.
A base de insumos dos 14 restaurantes foi a mesma: pernil (feito à moda do chef), coxa e sobrecoxa de frango opcionais, farofa natalina, salada, manjar de coco com calda de ameixas de sobremesa e suco de abacaxi com hortelã. O que diferenciou cada unidade e tornou o evento único foi o tempero dos chefs, com pratos adicionais que eles mesmos levaram e prepararam.
Na Samambaia, além do bacalhau preparado por Ibaneis Rocha, as mesas ganharam frutas como pêssego, tangerina, melancia, melão e maçã.
A decoração também foi especial, com árvores de Natal, toalhas vermelhas e fitas cuidadosamente preparadas pela equipe do restaurante comunitário.
O ambiente do Rorizão é familiar para a dona de casa Raissa Melo Torres, 26 anos. Nascida na cidade, ela frequenta o restaurante desde 2001 quando sua avó, Estelita, a levava para comer no local.
Raissa guarda boas memórias dos almoços no Rorizão. Atualmente, das duas vezes por semana que frequenta o espaço, o dia preferido é a sexta-feira. Segundo ela, não há como resistir à feijoada. “A comida aqui é muito boa, gosto bastante. Vinha com a minha avó e agora trago meus filhos Arthur e Ana”, comenta.
Enquanto o almoço não ficava pronto, Raissa e os filhos aproveitaram as atividades na área externa. Eles na cama elástica e comendo algodão doce e ela pegando informações sobre saúde na tenda montada ao lado do restaurante.
Mais familiar ainda é o restaurante para a servidora Lourdes Medeiros, 63 anos. Lourdes trabalha há 11 anos no Rorizão e conhece o local como ninguém. Neste sábado, ela não escondeu a animação em poder participar da ceia especial. “Aqui é um ambiente muito bacana. Gosto do que faço e me impressiona como as pessoas gostam dos pratos mais simples, como é a dobradinha, até a feijoada, o predileto da maioria”, disse.
A servidora da casa atua em vários setores, desde a limpeza até a montagem de itens de higiene como guardanapo e palito, que ela separou cuidadosamente para o evento deste sábado (21).
Como parte da ação, todos os chefs receberam avental e chapéu personalizados. De cor verde e com a inscrição Nosso Natal, os uniformes foram produzidos por alunos da Fábrica Social, centro de capacitação do governo com o objetivo de inserir profissionais no mercado de trabalho.
O direito humano à alimentação foi contemplado, primeiramente, no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. No Brasil, após amplos processos de mobilização social, esse dispositivo foi incluído na Constituição Federal de 1988. O Distrito Federal, com o objetivo de garantir o alcance da lei, inaugurou seu primeiro restaurante comunitário em 2001, na Região Administrativa de Samambaia.
O modelo virou um sucesso entre a população e se expandiu. Atualmente, o DF conta com 14 unidades operando em Brazlândia, Ceilândia, Estrutural, Gama, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Samambaia, São Sebastião, Sobradinho, Sol Nascente e Santa Maria.
Qualquer cidadão pode frequentar os estabelecimentos, mas a prioridade é de grupos sociais em vulnerabilidade social ou em situação de insegurança alimentar e nutricional.
Ao longo de 2019 os restaurantes comunitários passaram por uma intensa manutenção. As unidades também foram utilizadas para outras funções, quando promoveram aulões preparatórios para concursos e para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), cursos profissionalizantes gratuitos e oficinas de capoeira e outros esportes.
A cultura teve espaço nos restaurantes com a série Almoços Musicais, que levou ao local música para todos os gostos.
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