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21/01/2020 às 17:45, atualizado em 22/01/2020 às 09:19
Acolhimento ocorreu no Centro de Visitantes e seguiu para os jardins de Cheiros e Japonês. Estudantes aprenderam sobre a importância desses locais e sua contextualização histórica
O Jardim Botânico de Brasília recebeu nesta terça-feira (21) duas turmas do curso de paisagismo do Fábrica Social, programa do Governo do Distrito Federal voltado a pessoas em situação de vulnerabilidade. A proposta do passeio foi trazer conceitos paisagísticos para os alunos e ampliar horizontes profissionais.
A estudante Naila Raquel, 19 anos, moradora da Estrutural, aprovou a visita. “Sinto uma conexão muito forte com as plantas e por isso resolvi fazer o curso de paisagismo. Fazemos parte da natureza e ninguém vive só. Essa visita me mostrou que tudo se transforma e tudo é energia. Ficamos presos na cidade, cheia de prédios e com a rotina de estudo e trabalho, mas aqui pude ter outra visão de mundo”, complementou.
A Fábrica Social beneficia cidadãos inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) do governo, com renda individual até R$ 178 e idade mínima de 16 anos. “São pessoas que precisam muito de qualificação para ingressar no mercado”, reforçou Mônica Rocha, professora do Sesc que ministra as aulas de paisagismo.
“A vinda ao Jardim Botânico proporcionou experiência única a esses alunos. Muitos nunca foram a um lugar como esse, apesar de ser dentro da cidade. Essas vivências foram importantes para eles aprenderem novos conceitos sobre o paisagismo, que não se limita ao manejo com a terra, e ampliar horizontes profissionais”, completou Mônica.
Centro de Visitantes
O educador ambiental do JBB, Lucas Miranda, foi o responsável pelo passeio no turno da manhã. O acolhimento ocorreu no Centro de Visitantes, com dinâmica para integrar o grupo, e seguiu para os jardins de Cheiros e Japonês. “Minha ideia foi ensinar a esses alunos um pouco mais sobre a importância dos jardins botânicos, que estão espalhados pelo mundo, e dar uma contextualização histórica. Muitos não sabem, por exemplo, que ao chegar ao Brasil, Dom João VI tomou três providências: criação da Polícia Militar, do Banco do Brasil e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Isso demonstra a riqueza desses espaços não só como instrumento de aprendizagem, mas, também, para conscientizar sobre preservação do meio ambiente”, destacou.
Lucas explicou que o Jardim Botânico de Brasília tem um viés forte de preservação do Cerrado, mas que abriga coleções importantes de plantas de todos os biomas. “Todos os espaços aqui foram pensados para receber o visitante e integrá-lo com a natureza e muitos desses conceitos podem ser aplicados por esses alunos em futuros projetos paisagísticos”, reforçou.
* Com informações do Jardim Botânico de Brasília