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04/02/2020 às 11:14, atualizado em 04/02/2020 às 11:47
Além da redução significativa de gastos, cerca de 10 milhões, o menu ficou mais saudável e seguro
Com a mudança da alimentação nos presídios administrados pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário (SESIPE), vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), a economia anual aos cofres públicos poderá chegar a quase 10 milhões de reais. Além da redução de gastos, serão feitos ajustes no cardápio diário dos sentenciados que cumprem pena nas unidades prisionais do Complexo da Papuda – que compreende o Centro de Detenção Provisória (CDP), Centro de Internamento e Reeducação (CIR) e Penitenciárias do Distrito Federal I e II (PDF I e PDF II).
A alteração, implementada na última semana, ocorrerá nos itens distribuídos e não na quantidade de refeições, que permanece a mesma: quatro. Diariamente serão distribuídos café da manhã, almoço, jantar e ceia. Na ceia, os detentos receberão diariamente também uma fruta. Com a medida, as frutas deixam de fazer parte dos itens permitidos para serem entregues por visitantes nos dias de visita.
“Reduzimos a distribuição de sucos de caixinha e incluímos a fruta, que é mais saudável e atende inclusive a uma questão ambiental. Além disso, antes desta medida era permitido que familiares e amigos levassem até seis frutas por visita quinzenal. Agora, eles receberão a fruta diariamente. O preso que não tinha visitante, também não tinha acesso ao alimento, agora passa a ter”, explicou o subsecretário da SESIPE, Adval Cardoso.
As frutas que passam a fazer parte do cardápio são as mesmas que eram permitidas nos dias de visita: banana, goiaba, maçã e pera. A entrada de biscoitos em embalagem transparente, somando no máximo 500 gramas, permanece. Os visitantes já tinham sido avisados, por meio dos núcleos de visita das unidades prisionais sobre a alteração. A informação também estará disponível no site da subsecretaria. “Parentes e amigos precisam agendar visitas e atualizar cadastros na plataforma. Desta forma, este é o melhor canal para que todos fiquem sabendo da mudança”, disse Cardoso.
A retirada das frutas entre os itens permitidos aos visitantes contribui também com a segurança nos estabelecimentos prisionais. “Já tivemos tentativas frustradas de visitantes querendo entrar nos presídios com objetos proibidos dentro de frutas, descobertos por agentes quando os alimentos passavam por scanners. A medida facilitará o trabalho dos agentes e deixará o serviço de revista ainda mais célere”, avaliou Cardoso.
A economia, que já é significativa, poderá ser ainda maior quando ocorrer a alteração no contrato de alimentação no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) e Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), que ainda estão vigentes. A mudança somente será possível com a contratação de novos fornecedores, que deve ocorrer no meio do ano.
*Com informações da Secretaria de Segurança Pública