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12/02/2020 às 14:23
Estudo sobre mercado de trabalho informal aponta que o DF tem 349.538 trabalhadores nesta condição
O Distrito Federal possui 349.538 trabalhadores informais, o que representa 28,74% do total de ocupados na região, segundo o estudo “Mercado de trabalho informal: uma perspectiva comparada do Distrito Federal”, divulgado nesta quarta-feira (12) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). A taxa é a segunda menor do país, atrás apenas de Santa Catarina (27,84%).
O estudo considera trabalhadores informais aqueles lotados no setor privado sem carteira assinada; aqueles que trabalham por conta própria sem CNPJ; os empregadores sem CNPJ; e os trabalhadores familiares auxiliares.
A Região Administrativa com a maior taxa de informalidade proporcional é o Varjão, com 1.875 profissionais informais, o que corresponde a 49,68% dos trabalhadores totais da cidade. Em seguida, aparece o Itapoã com 11.816 moradores (44,90%) e SCIA/Estrutural com 5.497 (44,78%).
Na outra ponta, com as menores taxas de informalidade, encontram-se o SIA, com 188 informais (21,81%), Sudoeste/Octogonal com 6.219 (22,32%) e Park Way com 2.013 (22,57%).
Perfil da informalidade no DF
Os dados mostram que os jovens e os idosos são os mais inseridos na economia informal. A taxa de informalidade na faixa etária de 15 a 19 anos é de 50,62%, enquanto na faixa etária de 80 anos ou mais é de 54,18%.
Com relação à informalidade por sexo, o estudo apontou que 29,76% dos trabalhadores do sexo masculino atuam na informalidade, enquanto 27,49% das trabalhadoras do sexo feminino estão nesta condição. Segundo raça/cor, 26,76% dos ocupados brancos são informais, enquanto 30,14% dos ocupados negros estão nesta condição.
Segundo o nível de escolaridade, a informalidade atinge principalmente aqueles que cursaram a alfabetização de adultos (52,93%), seguido por aqueles que concluíram apenas o ensino fundamental pela Educação de Jovens e Adultos (50,18%). Os menores índices de informalidade estão entre aqueles que possuem doutorado (15,60%) e especialização de nível superior (18,41%).
A Gerente de Estudos Regional e Metropolitano, Larissa Nocko, chama a atenção para os componentes que impulsionam a informalidade. “Não dá para dizer que o fator principal é a escolaridade ou é a renda, mas podemos considerar que estes fatores coexistem e se apresentam como aspectos da informalidade”.
A pesquisa observou grande desigualdade salarial entre trabalhadores formais e não formais, com uma diferença média de R$ 1.505,91. Os ocupados formais possuem rendimento médio de R$ 4.097,87, enquanto os não formais ganham em média R$ 2.591.