14/02/2020 às 11:29, atualizado em 14/02/2020 às 14:45

Após divulgação, triplica ocupação do Centro de Dança em 2020  

Espaço da Secretaria de Cultura usado para ensaios e aulas de grupos da cidade oferece 14 modalidades e níveis de ritmo

Por Agência Brasília *

A taxa de ocupação do Centro de Dança, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) para ensaios de grupos da cidade e aulas triplicou no início deste ano em relação ao movimento do começo de 2019. Em agosto passado, a tendência já era visível, com a duplicação do uso das cinco salas que o espaço mantém abertas ao público mediante solicitação.

O motivo: uma melhor divulgação da disponibilidade ao público por meio das redes sociais, com foco no Instagram, e em eventos como o XXIX Seminário Internacional de Dança de Brasília e o Brasília Trends Fashion Week.

Foto: Ludimila Barbosa/Secec-DF

A saúde passa também pelo espírito, acredita o tutor do Afrontasia, José Calixto. Natural da Bahia, está há 30 anos na capital e é um dos primeiros dançarinos da especialidade em Brasília. Ele explica que o afro contemporâneo mistura elementos simbólicos da cultura dos orixás e estéticos de movimentos folclóricos, como o maracatu.

Malhação
Calixto constata um aumento da procura pelo afro. “Muita gente vem porque, além da curiosidade com o estilo, percebe que a prática é puxada. Pode-se perder até 800 calorias numa aula”, afirma. Acredita ainda que as pessoas também estão cansadas da monotonia das academias tradicionais, em que basicamente se puxa peso”. 

O psicólogo Andrei Morales pratica a dança afro contemporânea no estilo Itans, com o professor Júlio César Pereira, que forma multiplicadores na dança negra atual. O estilo tem como ponto marcante o esforço rítmico, comandado pela percussão ao vivo que movimenta cabeça, quadris, troncos, pernas e braços, em passos, saltos e giros. 

“Eu pratico e recomendo. Melhora a nossa consciência corporal, autoestima e até a capacidade cognitiva, diminuindo a ansiedade”, afiança Morales, que tem pós-graduação em neuropsicologia. 

“As aulas seguem uma sequência de aquecimento, alongamento e movimentação”, descreve Júlio César, cuja trajetória vai do clássico ao butô, passando por influências medievais e celtas, antes de ancorar no afro contemporâneo.

A psicóloga Lorena Leite, da Gestalt Terapia, pratica dança contemporânea com o grupo Ímpar, de Naedly Franco. “Acredita na capacidade da dança de nos reconectar com nossas emoções, que ficam atravessadas no corpo”. Ex-bailarina clássica por 15 anos, ela encontrou na nova modalidade um contraponto para as tensões acumuladas no consultório.

Dois para lá, dois pra cá
Se as matrizes africanas têm atraído muita gente, a tradicional dança de salão não fica para trás. O professor do estilo Jeferson Rocha e sua companheira Analu Paz comandam pares de casais que buscam na prática, além de saúde, socialização.

 As pessoas chegam duras, mas vão se soltando, deixando que o corpo se desligue do controle da mente, explica Rocha. Os professores promovem um rodízio entre os pares para facilitar a descontração, parte do processo de se deixar levar pela música. “Quando a gente se entrega ao passos, entra em êxtase e se desliga do mundo em volta”, afirma.

 Jeferson usa o Centro de Dança desde 2007 e elogia a qualidade do local: “O espaço é bonito, a gente respira arte, há pinturas na parede, estante de livros e local para descansar”.


Serviço

Centro de Dança

SAN, quadra 1 bloco E, acesso pela N2

Contato: 3328-4387 ou pelo e-mail


* Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)