14/02/2020 às 14:10, atualizado em 14/02/2020 às 15:49

Pistas de skate serão liberadas no Riacho Fundo II

Com a nova configuração das caixas de amortecimento e contenção, acaba o problema da formação de poças originadas de água da chuva

Por Gizella Rodrigues, da Agência Brasília

Depois de quase um mês em obras, as pistas de skate construídas nas praças do Residencial Parque do Riacho, no Riacho Fundo II, estarão liberadas para a comunidade neste sábado (15). Assim, os equipamentos serão uma opção de lazer no fim de semana para os moradores do local, também conhecido como Etapa 5 do Riacho Fundo II, onde vivem cerca de 24 mil pessoas.

Chamadas pelos skatistas de bowls, as pistas se parecem com piscinas onde os praticantes do esporte fazem as manobras. Quando chovia, porém, o ralo colocado em cada pista para a saída da água não tinha vazão suficiente e a água ficava empoçada.

“Ficava tudo igual a uma piscina, as crianças até queriam brincar nelas”, conta a síndica do Condomínio 42 do residencial, Diana Dantas, 46 anos. “Às vezes, tínhamos que pedir para a administração esvaziar as pistas com caminhões-pipas. Demorava semanas para a água escorrer”.

Praças nos condomínios

O Residencial Parque do Riacho é um projeto da Companhia Habitacional do Distrito Federal (Codhab) entregue entre 2014 e 2016 para 5,9 mil famílias de baixa renda. É formado por 42 condomínios de seis a dez prédios de quatro andares cada. Entre os condomínios há 18 praças abertas à comunidade com equipamentos de lazer, como parquinhos infantis, quadra de esportes e de areia e aparelhos de ginástica.

Em sete delas há pista de skate, seis do tipo bowl e uma com a pista half pipe, em formato de “U”, com paredes que compõem uma rampa e ficam acima do solo – desta forma, não há acúmulo de água. O problema da inundação ocorria em cinco pistas bowl, em uma delas o ralo é ligado diretamente aos canos do sistema de drenagem pluvial.

Agora, o sistema de captação de água da chuva está sendo readequado. No fundo de cada pista havia uma caixa de amortecimento e infiltração, uma espécie de reservatório que acumulava a água até que ela infiltrasse no solo. Elas tinham 1,20 metro de largura por 1,20 metro de profundidade, o que respeitava as normas técnicas, mas não era suficiente para o escoamento da água.

Caixas ampliadas

Essas caixas foram aumentadas: agora têm 1,40 metros de largura e 4 metros de profundidade, o que aumentou para 6.750 litros a capacidade de armazenamento de água. As grelhas dos ralos também têm mais buracos, agora maiores. “As praças foram executadas depois dos prédios, entregues em 2018 e 2019; com o passar do tempo e o acúmulo de folhas e de terra, a água começou a ficar empoçada”, relata o gerente de obras da Codhab, Marcus Fernandes Pereira. “As pessoas também jogavam lixo nas pistas”, ressalta.

O trabalho ainda estava na garantia e foi feito sem custos pela MG Engenharia, empresa que recebeu cerca de R$ 9 milhões para construir 14 das 18 praças do residencial. Durante toda esta sexta-feira (14), após o fim das obras, funcionários da empresa fazem a limpeza das pistas que foram reparadas.

A síndica do Condomínio 42 diz que as praças são praticamente a única opção de lazer da comunidade. Ela conta que, em dias de sol, os locais ficam lotados de crianças, jovens e adultos.  “Agora, acho que resolveu”, elogia. “Ontem [quarta-feira, 12] choveu muito, e não tem nenhuma poça d’água”.