17/02/2020 às 19:47

Museu Vivo da Memória Candanga é palco de oficina pedagógica

Estudantes aprenderam noções teóricas e práticas sobre samba em aula voluntária

Por Agência Brasília*

O Museu Vivo da Memória Candanga recebeu nesta terça-feira (17) estudantes do 4º ano da Escola Classe 02 da Candangolândia para a oficina de dança “Grito de Carnaval”. Em celebração ao mês do carnaval, o espaço cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) foi palco de uma dinâmica sobre samba, voltada especialmente para crianças.

A atividade contou com aulas teóricas e práticas sobre o samba e a representatividade cultural do ritmo para o povo brasileiro. A iniciativa demonstra o comprometimento do Museu Vivo em promover experiências socioeducativas voltadas à redução das barreiras simbólicas, físicas e econômicas de acesso a bens culturais pela população do Distrito Federal.

Ministrado pelo professor de dança Flávio Oliveira (Flávio Sambista), o Grito de Carnaval traz, de modo didático, alguns conceitos específicos sobre o samba e o carnaval. Para Flávio, a aula estimula o convívio em torno das artes, valorizando o samba como patrimônio cultural, expressão da identidade brasileira e ferramenta de inclusão social. “Nossas dinâmicas são voltadas para a formação de público, pertencimento cultural e valorização dos espaços culturais do Distrito Cultural”, detalha.

A apresentação rendeu gargalhadas dos estudantes entre um passo e outro, gerando um clima de descoberta e euforia. As crianças também tiveram noções técnicas dos elementos envolvidos para o funcionamento de uma escola de samba como: passista, mestre- sala e porta-bandeira, enredo, bateria, alegorias, adereços e fantasias.

De acordo com a gerente do museu, Eliane Falcão, a atividade integra o rol de atividades que o espaço oferece. Para Eliane, a casa cultural possui uma grande visibilidade pela realização de oficinas e formação de público para a população do Distrito Federal. “Estas oficinas dedicadas aos estudantes de ensino fundamental são importantes, tanto no sentido de valorização e ocupação do nosso espaço, quanto no estímulo ao aprofundamento das raízes culturais do país”, enfatiza.

Para o professor da Escola Classe 02 da Candangolândia, Alexandre Silva, a aula extraclasse tem o papel de disseminar a cultura, principalmente para as crianças que não têm acesso aos movimentos e espaços culturais. “Os alunos ficam muito entusiasmados com atividades que mostram de modo divertido como o universo cultural do Brasil é amplo”, explica.

Após aprender a sambar na aula, a estudante Júlia Carvalho de 10 anos conta que não sabia a origem do samba e nem imaginava que por trás da diversão do carnaval existe um contexto histórico. “A aula foi muito divertida. Agora estou pronta para curtir o carnaval, entendendo a importância dele para o povo brasileiro”, celebra.

A atividade lúdica teve direito a chuva de confetes e muito samba no pé no encerramento. Com o transporte das crianças concedido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o evento contará com uma segunda edição nesta próxima quinta-feira (20).

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa