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18/02/2020 às 18:59, atualizado em 19/02/2020 às 16:57
Proposta do GDF atualiza usos dos lotes e visa ampliar a prestação de serviços no setor, gerando emprego e estímulo às atividades econômicas
A Seduh já iniciou o projeto de requalificação dos espaços públicos do SIG. Os principais pontos são a melhoria da conexão da região com o Setor Sudoeste, os ajustes na dimensão das pistas de rolamento de vias locais para melhoria de calçadas e de vagas de estacionamentos. Além disso, serão criadas ciclovias, estruturas de acessibilidade, arborização e urbanização de espaço livre de uso público da Quadra 6.
De acordo com a Seduh, instrumentos de contrapartida serão aplicados para controle da política urbana. A Outorga Onerosa de Alteração de Uso (Onalt) será cobrada em qualquer caso em que o proprietário ou locatário do imóvel solicitar alvará de construção ou licença de funcionamento para uma das novas atividades a serem permitidas no local. O valor será calculado, caso a caso, pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).
Outra ferramenta de gestão urbana, a Outorga Onerosa do Direito de Construir (Odir), será cobrada em todos os lotes que podem ter construção acima do coeficiente básico. As arrecadações serão destinadas ao Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb) e destinadas à execução de novas intervenções urbanas de requalificação do sistema viário e dos espaços públicos do SIG.
Integrantes do setor produtivo acompanharam a votação de perto. Presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi), Eduardo Aroeira ressalta que a legislação “vai trazer a legalização de diversas atividades que já atuam lá, com consequência de gerar mais emprego e renda”.
Vice-presidente Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF), Ovídio Maia classificou a aprovação como um avanço. “Quem ganha é a cidade, as pessoas, a mobilidade. E, melhor que isso, segurança jurídica para os comércios já estabelecidos que buscam regularização pelos meios legais”, afirma.
À frente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF), Dionysio Klavdianos diz acreditar que o novo texto ajudará a impedir “uma situação que poderia se tornar crônica”, com uso não previsto até então. “Vai ajudar a dar novo ânimo, com ocupação conforme o que dita a lei. Sem dúvidas, também vai estimular o emprego a partir do momento que permite empreender.”
Criada no fim da década de 1960, a região está incorporada à área tombada. As primeiras regras para o uso dos lotes ali datam de 1967 e foram revisadas pela última vez em 1988. A proposta de mudança de gabarito e definições de parâmetros pela Lei do SIG já fazia parte da minuta do projeto de lei do Plano de Preservação do Conjunto Urbano de Brasília (PPCub) e, por iniciativa da Seduh, foi destacado para acelerar apreciação.
Antes de ser enviada à CLDF, a minuta do projeto de lei – que não contempla uso de lotes para fins residenciais – foi aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Conselho de Planejamento Territorial e Urbano. Fazem parte do Conplan representantes dos conselhos de Arquitetura e Urbanismo (CAU-DF) e de Engenharia e Agronomia (Crea-DF), da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-DF).
* Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação