07/03/2020 às 12:51, atualizado em 07/03/2020 às 16:48

Aumenta número de alunos selecionados para estágios

Escola Técnica de Brasília dá exemplo de gestão e funciona como base de lançamento de novos profissionais no mercado de trabalho

Por Ary Filgueira, da Agência Brasília

Oportunidade estampada: mural da ETB sempre está repleto de anúncios de estágio | Foto: Renato Araújo / Agência Brasília

Roberto Marcos mora no Gama e faz eletrotécnica. Está no quarto semestre. Na segunda-feira (2) recebeu um convite de estágio para trabalhar em sua área, em uma empresa de refrigerante. Mas recusou porque teria que mudar de horário e de turma.  “Eles se interessaram, mas só tinha vaga de estágio para a tarde. Eu estudo neste horário, por isso não me interessei. Não queria sair da minha turma”, afirmou o aluno.

As empresas, por sua vez, também têm buscado cada vez mais estagiários nas escolas técnicas. O diretor da ETB, Jackes Ridan da Silva Guedes, possui uma lista de 56 entidades privadas conveniadas com a escola. Além disso, o mural do pátio é recheado de propostas de estágio.

Mas Jackes faz uma ressalva. Não são todos os alunos que estão liberados para tentar uma vaga na escola. “O aluno interessado em vir para cá precisa estar, pelo menos, no segundo ano do ensino médio para se matricular aqui”, explicou. Não há prova para seleção. Basta participar de um sorteio realizado sempre aos finais de semestre. São oferecidas 890 por semestre.

Imponência

Não é somente a oportunidade de estágio que atrai os estudantes para a Escola Técnica de Brasília (ETB). A estrutura da escola é nota 10. Dá para notar só pela fachada, que se assemelha à de uma universidade, mas em melhor estado de conservação.

São 47 salas e 35 laboratórios. Em cada sala há projetor, ar-condicionado, internet liberada. Sobre os professores, o próprio Jackes pode dizer melhor, já que está na função há sete anos. “São todos engenheiros formados e concursados.”

A confiança no ensino oferecido em sua unidade de ensino é tanta que ele matriculou o filho lá. “Meu filho fez curso de técnico de informática aqui. Hoje ele faz engenharia de software”, acrescentou o diretor da ETB.