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07/03/2020 às 11:00, atualizado em 09/03/2020 às 10:11
Projeto integra rol de ações do Governo do Distrito Federal para celebrar os 60 anos de Brasília
Ele ressaltou ainda que o processo de revitalização vai conferir segurança adicional a um espaço situado em uma área privilegiada da cidade. Além disso, vislumbrou o embaixador, servirá para renovar parcerias entre promotores culturais brasilienses e a comunidade internacional de Brasília.
“A Praça Portugal foi um presente dos portugueses para Brasília e queremos resgatar isso, revitalizando esse local tão simbólico”, afirmou a chefe do Escritório de Assuntos Internacionais, Renata Zuquim. Segundo ela, em visita técnica realizada no local foi constatada a necessidade de reparo do espelho d’água, de recuperação das pedras portuguesas, de pintura do meio fio, de retirada de lixo, de serviços de roçagem e jardinagem e de restauro do monumento ao Infante D. Henrique.
Renata Zuquim explicou também que o projeto de revitalização será feito por meio do programa Mãos Dadas, da Secretaria de Segurança Pública. Coordenado pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), o programa visa a ressocialização de detentos, por meio do renovação de espaços de uso comunitário. Os presidiários entram com a mão de obra e são beneficiados para a progressão do regime – cada três dias trabalhados equivalem à remissão de um dia na pena.
Saiba mais
Inaugurada em 1972, a Praça Portugal reúne obras de dois artistas portugueses: o pintor José Manuel Espiga Pinto (1940-2014), que fez os desenhos em calçadas de pedras portuguesas, e o escultor Salvador Barata Feyo (1899-1990), que elaborou a estátua de bronze em 1956.
O arquiteto Raúl Chorão Ramalho descreveu a praça da seguinte forma:
Tratando-se de um espaço livre, público, que faz parte de uma cidade com características e escala peculiares, procuramos neste projeto respeitar essa escala e características nos seus aspectos essenciais. Esperamos ter atingido este objetivo e ter interpretado também as intenções do plano de Brasília, ao integrar os espaços exteriores e interior da Embaixada, assegurando assim a continuidade dos espaços livres e verdes. O lago (espelho d’água), que é um motivo muito utilizado pelos urbanistas e arquitetos de Brasília no arranjo de espaços exteriores, constitui também um elemento comum ao jardim tradicional português ou mediterrâneo, com as características de jardim alagado, evolução do jardim romano e árabe… A praça central será pavimentada com a tradicional calçada portuguesa, de pedra branca e preta, tão utilizada depois no Brasil. Os motivos empregados na composição deste tapete de calçada (desenho do pintor Espiga Pinto) relacionam-se com a ação do Infante Dom Henrique, sugerindo os oceanos e a ciência astronômica e náutica que apoiou seus planos.
* Com informações do Escritório de Assuntos Internacionais