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13/03/2020 às 18:08, atualizado em 15/03/2020 às 10:25
Em parceria com a administração regional local, equipes do Polo Oeste do GDF Presente trabalham em ritmo intenso no patrolamento das vias
As chuvas são sinônimo de dor de cabeça para quem mora na Chácara II do Sol Nascente. As ruas ainda não têm asfalto, e, quando chove, a água desce de Ceilândia com força, causando enxurradas e deixando buracos no caminho. “A água leva o que vê pela frente; nem enxurrada, isso aqui vira uma cachoeira”, conta a dona de casa Cristina Maria Leite Magalhães, 58 anos, que mora na cidade há 19.
Para diminuir o transtorno, funcionários da Administração Regional do Sol Nascente/Pôr-do-Sol, em parceria com a equipe do Polo Oeste do GDF Presente, estão patrolando as ruas danificadas pela chuva na região administrativa recém-criada.
“No Sol Nascente, só as avenidas principais têm asfalto, e nem todas têm rede de drenagem de águas pluviais”, relata o administrador, José Goudim Carneiro. “Quando a água bate no asfalto, ela desce em forma de enxurrada para a estrada de terra” “É um paliativo. Estamos acudindo a população.”
Custo zero
Para tapar os buracos causados pela chuva e nivelar a rua, os funcionários do GDF utilizam material da Usina de Recolhimento de Entulhos (URE), localizada onde funcionava o antigo Lixão da Estrutural. “São restos da construção civil reciclados que são britados, peneirados e doados pelo SLU [Serviço de Limpeza Urbana]”, explica Goudim. “As máquinas são da Novacap e esse trabalho não tem custos para a gente”.
Segundo ele, o Trecho III do Sol Nascente, onde fica a Chácara II, é o que menos tem asfalto. Apenas 10% das vias são pavimentadas. O percentual sobe para 50% no Trecho II e para 80% no Trecho I. Na tarde de sexta-feira (13), as equipes trabalhavam na Chácara II.
Reparos serão extensivos
O administrador do Sol Nascente garante que todas as ruas de terra que precisarem de reparos receberão os serviços. “Fazemos isso em todo o Sol Nascente, principalmente depois da chuva”, explica. “O Estado está presente na cidade, estamos trabalhando para dar mais qualidade de vida para quem mora aqui, todo mundo vê”.
Cristina Magalhães ressalta que a situação fica pior nas ruas diagonais, exclusivamente residenciais. “Aqui nessa paralela há muito comércio, e os comerciantes construíram calçadas em frente às lojas, o que facilita a passagem, pelo menos dos pedestres”, aponta.
Vizinha da dona de casa, Elândia Pires, 51 anos, mora há 17 na cidade e confirma que, quando chove, a localidade se torna intransitável. “E aqui é muito movimentado por causa da igreja”, aponta. “Os velhinhos vivem caindo, e um cadeirante não passa”.