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18/03/2020 às 18:31, atualizado em 18/03/2020 às 18:43
Coletiva de imprensa foi transmitida em meio digital para evitar aglomeração de pessoas no Palácio do Buriti, neutralizando a proliferação do vírus
O Distrito Federal tem 34 casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus. Destes, cinco são fruto de transmissão local, quando houve contato com algum viajante infectado. Na capital, o cenário da Covid-19 tem 94 suspeitas descartadas e 191 sob investigação. A situação é monitorada de forma ininterrupta para que sejam adotadas medidas de prevenção e tratamento, e boletins serão emitidos diariamente às 12h e às 18h.
Para conter a disseminação do vírus, gestores pedem apoio da população. Neste sentido, autoridades de saúde concederam, na tarde desta quarta-feira (18), coletiva de imprensa para atualizar a situação epidemiológica do DF.
“Não há evidência de transmissão comunitária. Aqui, a maioria dos suspeitos são pessoas que vieram de viagens internacionais”Eduardo Hage, infectologistadireita
“Todo o governo tem trabalhado para que andemos na frente desse problema. Sabemos que é uma questão mundial. O trabalho da Secretaria de Saúde tem sido para achatar esse gráfico, para que tenhamos um domínio desse problema à luz de não parar os atendimentos nas unidades de saúde”, informou o secretário de Saúde, Francisco Araújo.
Na ocasião, o infectologista Eduardo Hage explicou que o aumento de casos no DF segue ritmo identificado em outras unidades da Federação. “Embora tenhamos casos de transmissão local, não há evidência de transmissão comunitária. Aqui, a maioria dos suspeitos são pessoas que vieram de viagens internacionais”, esclareceu. Por isso, destacou o especialista, a distribuição geográfica não é importante neste momento.
Atualmente estão internados no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) quatro crianças e três adultos com suspeita da doença, além da primeira paciente diagnosticada, que segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No agregado, a faixa etária predominante são adultos de idade avançada, segundo o subsecretário de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares.
De acordo com o subsecretário, ainda há estoque de insumos para realização dos exames de coronavírus, mas é preciso de apoio da população. “A doença está em crescimento exponencial, então há dificuldade de dizer até quando vai durar devido à grande demanda de pacientes. Somente casos que se enquadram como suspeitos devem fazer os exames”, avisou. A pasta trabalha na importação de materiais para evitar desabastecimento.
A Secretaria de Saúde (SES) monitora diariamente a situação epidemiológica mundial e nacional referente à Covid-19, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Gecamp/Cievs). Em estado de emergência em saúde para controle do coronavírus desde 29 de fevereiro, a capital tem estrutura operacional para gerenciamento da pandemia na capital.
Nos próximos dias serão liberados 90 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI): 60 em Santa Maria, 15 no Hospital Regional de Taguatinga (HRT) e 15 no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Além disso, o GDF tem buscando recursos para que o Hospital da Polícia Militar e um hospital em Águas Claras possam receber parte da demanda.
O GDF tem adotado diversas medidas de distanciamento social com o objetivo de evitar aglomeração de pessoas – situação que propicia o contágio de forma célere e, consequentemente, pode levar à sobrecarga dos órgãos de saúde. São exemplos os decretos que suspendem atividades educacionais e em academias, que fecham museus e shoppings, autorizam o teletrabalho e determinam até ponto facultativo.
No entanto, a conscientização da população para o problema é essencial. “O GDF tem tomado ações desde os primeiros indícios de que a infecção estava próximo ao DF. Fomos uma das primeiras unidades com medidas rígidas, que depois foram seguidas por outros Estados. A conscientização tem que ser geral. A população precisa contribuir senão não conseguiremos eliminar essa doença no DF”, solicitou o subsecretário de Assistência à Saúde.
As informações foram prestadas em inédita coletiva de imprensa realizada por transmissão digital nas redes sociais do governo, direto do Salão Branco do Palácio do Buriti, sem presença física dos veículos de comunicação. A medida faz parte dos esforços para evitar a aglomeração de pessoas e, assim, prevenir a proliferação do vírus.
Repórteres fizeram perguntas remotamente ao secretário de Saúde, Francisco Araújo, ao secretário adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares, ao vice-presidente do Instituto de Saúde (Iges-DF), Sérgio Luiz da Costa, e ao infectologista da SES Eduardo Hage.
O Governo do Distrito Federal tem adotado inúmeras medidas para combater a disseminação do coronavírus (Covid-19) na capital. Muitas dessas ações são executadas de forma pioneira, com os cuidados e o tratamento especiais que a população do DF merece.
A Agência Brasília atualiza, diariamente, as ações do GDF para combater o coronavírus.