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20/03/2020 às 10:24, atualizado em 20/03/2020 às 11:24
Intervenções de urbanização, infraestrutura e criação de uma subestação de energia elétrica estão em andamento em cinco regiões. Recursos vêm de contrato entre GDF e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Cinco Áreas de Desenvolvimento Econômico (ADEs) do Distrito Federal são canteiros de obras de urbanização, infraestrutura e mobilidade urbana. Elaborados a partir de contrato do GDF com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), os trabalhos visam garantir o desenvolvimento e atrair empresas e investimentos para a capital. Em Santa Maria, o Polo JK está a caminho da autonomia energética, enquanto Ceilândia, com três setores, tem mais atividades.
Subsecretária de Apoio às Áreas de Desenvolvimento Econômico, Maria Auxiliadora França explica que são previstas infraestrutura de esgoto, captação de águas pluviais, passeios, praças, obras de mobilidade urbana e a construção de uma subestação de energia. “Com essas obras e investimentos, daremos condições adequadas ao funcionamento das empresas já instaladas e àquelas que estão previstas para esses locais”, informa.
Em 2019, as intervenções foram iniciadas com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico do DF por meio de melhorias no ambiente de negócios, investimentos e capacitação nas ADEs Materiais de Construção, Setor de Indústrias e Centro-Norte (Ceilândia), Polo JK (Santa Maria) e Múltiplas Atividades (Gama)
Provenientes do contrato de US$ 71 milhões entre o GDF e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), os recursos fazem parte do cronograma de obras previsto no Programa de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (Procidades), gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).
Autonomia energética
O Polo JK é considerado a ADE mais importante do DF e abriga indústrias de grande porte. Ali, a construção da subestação de energia da CEB está 80% executada, ao custo de R$ 14,5 milhões. A fase é de comissionamento, quando são feitos testes e ensaios nos equipamentos instalados, e de urbanização da área – demandas que se arrastavam há 20 anos. Até o momento, 125 dos 402 lotes estão instalados.
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O gerente de obras de subtransmissão da CEB, Bruno Rolim, relata que não era possível atender à expansão do setor. “Isso faz parte da infraestrutura do local para receber as empresas de grande porte com energia de qualidade e confiança”, explica. Uma subestação desse porte atende até 80 mil consumidores residenciais. “Claro que uma indústria precisa de mais, mas significa que dá conta. A localização também é ideal: no centro do setor, que é o melhor lugar para atender a todos”, complementa.
Nos próximos meses, está previsto o início da implantação de linha aérea de distribuição que ligará as subestações Santa Maria e Mangueiral. O processo se encontra em fase de elaboração de edital, com valor estimado de R$ 11,9 milhões. O local ainda passa por obras de infraestrutura, pavimentação, mobilidade urbana e urbanização, com investimentos de quase R$ 30 milhões.
Empresário de um atacadista com centro de distribuição instalado em uma área de dez mil metros quadrados do Polo JK, João Oliveira teve que adquirir geradores. “Às vezes a energia fica fraca e acontece de estragar máquinas; com a subestação e as linhas de transmissão, isso deve se resolver”, avalia.
No local há 20 anos, ele celebra os investimentos. “Tudo o que for feito lá vai ao encontro da demanda do setor produtivo, contemplado com as melhorias. Além das empresas instaladas, que são importantes e geram bastante emprego, abrem-se possibilidades para mais instalações”, afirma.
Infraestrutura para investir
Em Ceilândia, as obras de urbanização e infraestrutura na ADE Setor de Indústria começaram no fim de janeiro de 2019 e estão 50% executadas, com investimentos de R$ 48 milhões. A área recebe sistema de drenagem com nove quilômetros de galerias de águas pluviais, pavimentação de cem mil metros quadrados, ciclovias, estacionamentos e paisagismo. Além disso, uma bacia de detenção é ampliada e outras duas estão sendo construídas.
Essa área e a ADE Materiais de Construção vão receber duas praças. Os canteiros de obras começaram a ser preparados para a construção dos espaços de convivência dos funcionários das empresas. Ao custo de R$ 3,5 milhões, as áreas terão quadra poliesportiva, Ponto de Encontro Comunitário (PEC) e estacionamento.
Há cerca de cinco anos, Iracilda de Siqueira mantém uma empresa de confecção de roupas de festa em um terreno de 150 metros quadrados no local. “Quando vim para cá, não tinha iluminação pública nem asfalto na marginal da DF-480. Era perigoso, cheio de lixo e entulho. Insisti porque precisava, mas os clientes tinham medo de vir até aqui”, lembra.
O cenário, aos poucos, muda. “Melhorou bastante, e ainda vai melhorar mais. Veio iluminação, asfalto, limpeza, licença. O número de empresas aumentou e é mais tranquilo para quem vem para cá”, comemora a empresária do Setor de Indústrias.
“Melhorou bastante, e ainda vai melhorar mais. Veio iluminação, asfalto, limpeza, licença. O número de empresas aumentou e é mais tranquilo para quem vem para cá”Iracilda de Siqueira, empresária do Setor de Indústrias direita
Terceira ADE em Ceilândia, a Centro Norte receberá ações de reciclagem do sistema de drenagem, construção de estacionamento, paisagismo e ciclovias, obras para as quais o processo se encontra em andamento. No Gama, a Área de Múltiplas Atividades tem projeto pronto para complementação de infraestrutura de drenagem e pavimentação asfáltica. O Termo de Autorização de Uso para instalação já foi assinado pelas autoridades, ao custo estimado de R$ 3,8 milhões.