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01/06/2020 às 14:04, atualizado em 02/06/2020 às 13:39
Ações de acompanhamento desenvolvidas pelo programa da Sedes já contemplaram mais de 1,6 mil pessoas em maio
Entre crianças e gestantes, 1.657 pessoas foram cadastradas, em maio, pelo Criança Feliz Brasiliense, programa de visitação domiciliar do Ministério da Casa Civil que, focado no desenvolvimento infantil, no DF é coordenado pela Casa Civil e executado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
Mesmo durante o período de distanciamento social ocasionado pela pandemia do novo coronavírus, as famílias cadastradas do DF continuaram assistidas. A diferença é que o trabalho passou a ser feito remotamente, com o objetivo de evitar o contato interpessoal entre as equipes e os beneficiários.
“Nós nos vimos num momento de adaptação e readequação do serviço; não poderíamos seguir com as visitas domiciliares e colocar nosso público e nossos servidores em risco”, analisa a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha. “Porém, não tinha como deixar as famílias desassistidas. Foi aí que a criatividade falou mais alto.”
“Não poderíamos seguir com as visitas domiciliares e colocar nosso público e nossos servidores em risco. Porém, não tinha como deixar as famílias desassistidas. Foi aí que a criatividade falou mais alto”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Socialcentro
Trabalho ampliado
Desde 4 de maio, com a autorização dos governos federal e local, 52 visitadores, quatro supervisoras e dois coordenadoras administrativos se alternam no atendimento. Com o objetivo de evitar aglomerações, seguindo normas de segurança da Organização Mundial da Saúde (OMS), parte da equipe segue para as unidades da Agência de Transformação Social, como o Instituto de Educação, Esportes, Cultura e Artes Populares (Iecap, instituto parceiro da Sedes); e outra atua em teletrabalho, no regime de escala.
O acompanhamento por meio de visitas foi substituído por ligações telefônicas. Nesse contato, o objetivo é saber como está o desenvolvimento dos beneficiários acompanhados – gestantes, crianças de zero a 3 anos e crianças de 3 a 6 anos beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A partir daí, são identificadas as demandas das famílias frente a esse período de pandemia, sendo as informações encaminhadas às unidades do Centro de Referência da Assistência Social (Cras).
Áreas de abrangência
Os dados coletados possibilitam a continuidade dos serviços e promovem o desenvolvimento infantil, bem como fornecem às famílias assistidas informações de utilidade pública para o acesso e à garantia de direitos por meio de ações governamentais.
Por enquanto, o perímetro de ação abrange Ceilândia, Estrutural, Recanto das Emas, Riacho Fundo I, Riacho Fundo II, Samambaia, Santa Maria e Taguatinga. Posteriormente, mais regiões vão compor esse raio de abrangência.
Adaptação e readequação
Mesmo com as visitas domiciliares suspensas de 18 de março a 4 de maio, não houve paralisação das atividades. O programa continuou com ações internas desde os primeiros decretos voltados ao isolamento social.
Nesse período, os colaboradores participaram de capacitações oferecidas pelo Ministério da Cidadania para aperfeiçoar métodos de abordagem e acompanhamento das famílias. Os especialistas fizeram também a atualização dos dados das famílias no prontuário eletrônico do Sistema Único de Assistência Social (Suas).
Em 2 de maio, todos os colaboradores se reuniram e discutiram as orientações para o retorno remoto. O Iecap preparou três unidades físicas com a infraestrutura necessária para que os visitadores e supervisores pudessem retomar o acompanhamento familiar na modalidade a distância.
Esquema de atuação
As estruturas contam com dez salas para garantir o distanciamento de segurança, celulares e notebooks, além dos devidos kits de higienização. “Foi uma migração exitosa”, avalia Mayara Rocha. “A partir de agora, a secretaria e a instituição parceira pensam em estratégias para ampliar os teleatendimentos”.
O Criança Feliz Brasiliense é voltado à gestação e aos primeiros anos do cidadão da rede pública de saúde. O programa foi instituído pelo Decreto nº 39.867, de 31 de maio de 2019, pelo governador Ibaneis Rocha.
* Com informações da Sedes