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03/06/2020 às 20:17, atualizado em 03/06/2020 às 20:30
Unidade atende cerca de 880 demandas mensais sobre cumprimento de normas ligadas à Covid-19 em ambiente de trabalho
O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) tem atuado durante a pandemia da Covid-19 atendendo a cerca de 40 demandas por dia relacionadas à saúde do trabalhador. São denúncias e orientações diversas a respeito do cumprimento de normas e leis ligadas à doença. As mais comuns são relativas ao não fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), pedido de ajuda quanto às adequações previstas no decreto e aglomeração de pessoas. Sobre a denúncia, o Cerest atua de forma educativa e instrucional. O cidadão pode fazê-la pela Ouvidoria (160) que também recebe solicitação de informação.
A unidade da Secretaria de Saúde tem o papel de atuar na vigilância em saúde do trabalhador. Nesse sentido, trabalha para que empresas e trabalhadores cumpram as normas de proteção à segurança e saúde, seja na iniciativa privada ou pública. Em relação à Covid-19, as ações foram intensificadas e os profissionais fecharam a parceria com a Ouvidoria para poderem acessar as demandas diretamente. O setor, mesmo com a maioria dos servidores em teletrabalho, tem atendido a essas solicitações e ido às inspeções quando necessário.
Segundo o diretor do Cerest, Luiz Carlos Alimandro Júnior, as ações da unidade precisam ser dinâmicas e ter celeridade nesse momento de pandemia. São demandas muitas vezes simples que a equipe precisa apenas orientar ou encaminhar alguma nota técnica já existente para o problema. Outras, realmente, precisam da visita técnica que tem caráter inicialmente educativo. Caso os problemas persistam, a demanda segue para a Vigilância Sanitária notificar e autuar. Situações mais sérias também podem ser encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho.
“Para a pandemia, separamos os tipos de demandas e a situações que precisamos atuar. Dependendo do foco, já temos produzidos um rol de notas técnicas para ajudar o empregador e empregado. Ajudamos a esclarecer as situações quanto à Covid-19 e precauções de segurança. Com isso, contribuímos para consolidar a segurança em saúde. Ambos precisam atuar para evitar que o pior aconteça. O empregador precisa entender que investir nisso, é cuidar do seu maior patrimônio que são os trabalhadores. Sem isso, empresa nenhuma vai para frente. E se o trabalhador não cuida da sua saúde, compromete o seu bem maior que é a vida”, ressaltou.
Para 2021, o setor inovará e pretende criar a sala de monitoramento para agravos em saúde do trabalhador utilizando a tecnologia. O programa será capaz de buscar agravos e situações desde os programas do Ministério da Saúde, como o Sinan, até nas redes sociais. Com as informações, a área poderá tratar os dados e atuar de forma preventiva com planejamento focado e mais detalhado. A tecnologia trará a possibilidade de junção de dados. Hoje, todo o trabalho de busca é feito de forma manual. O servidor precisa entrar o sistema e ficar buscando os agravos que muitas vezes aparecem inclusive de forma duplicada. A iniciativa já foi aprovada pelo Ministério Público do Trabalho.