12/06/2020 às 10:34, atualizado em 12/06/2020 às 11:40

Zoológico de Brasília também comemora Dia dos Namorados

Reprodução em cativeiro contribui para conservação de espécies ameaçadas de extinção

Por Agência Brasília * | Edição: Chico Neto

Foto: Joel Rodrigues / Agência Brasília

Atualmente, o zoo conta com cerca de 40 casais, dentre aves e mamíferos, que fazem parte de programas de conservação. Um desses pares é o formado por Tucupi e Amarantos, primatas criticamente ameaçados de extinção da espécie sauim-de-coleira. Tucupi, o macho, já vivia no Zoológico de Brasília, enquanto a fêmea, Amarantos chegou de um resgate em Manaus (AM), feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O arranjo ocorreu em 2018, com a recomendação de pareamento entre Tucupi e Amarantos, que deu à luz no início deste ano.

Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília

Além da reprodução natural, o Zoo de Brasília atua em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nos bancos de germoplasma, que fazem o armazenamento de informações genéticas a partir da identificação, da caracterização e da preservação de células germinativas de alguns seres vivos. “O banco de germoplasma e o manejo para reprodução dos animais vivos colaboram na manutenção de um banco genético que poderá ser utilizado para reintroduzir espécies na natureza”, explica Luísa.

Tucupi e Amarantos fazem parte de um universo de mais de 40 felizes casais formados por elementos das espécies bugio-de-mãos-ruivas, bugio-vermelho-do-rio-Purus, lobo-guará, macaco-aranha-de-cara-vermelha, gato-do-mato-pequeno, onça-pintada, ganso-do-havaí, emu, guará, urubu-rei, harpia, gavião-carrapateiro, jacutinga, mutum-de-penacho, mutum-cavalo, sabiá-poca, bicudo, canário-da-terra, papagaio-verdadeiro, papagaio-do-mangue, papagaio-da-cara-roxo, papagaio-moleiro, papa-cacau, papagaio-campeiro, papagaio-chauá, papagaio-do-peito roxo, arara-azul-grande, ararinha-de-testa-vermelha, arara-vermelha, arara-piranga, ararajuba, tiriba-de-pfrimer e tiriba-de-barriga-vermelha.

Pareamento

As recomendações de pareamento são feitas anualmente por especialistas, chamados studbook keepers. Esses profissionais que organizam a população de espécies ameaçadas no Brasil e no mundo e, de acordo com dados genéticos importantes, indicam qual indivíduo pode reproduzir e com quem. Isso acontece para garantir que a população mantida sob cuidados humanos seja geneticamente saudável e que contribua, no futuro, para o reforço das populações em vida livre.

Acordo de cooperação

Em 2018, a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil, o Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade e o Ministério do Meio Ambiente assinaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para atuar na elaboração, implementação, manutenção e coordenação dos programas de manejo em cativeiro de espécies ameaçadas em zoológicos e aquários brasileiros.

O acordo aborda 25 espécies prioritárias, entre mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes, para a execução do acordo. O trabalho de conservação dessas espécies é importante para proteger também seus habitats e espécies relacionadas, pois muitas delas provocam o “efeito guarda-chuva”: sua conservação, por consequência, promove a conservação de vários outros animais que participam do ecossistema, sendo um enorme passo para a conservação da fauna brasileira.

 

 

 

 

 

* Com informações do Jardim Zoológico de Brasília