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15/06/2020 às 17:54, atualizado em 15/06/2020 às 17:55
Os 55 cães, entre Pastores Belgas, Labradores e Rottweilers, auxiliam o trabalho dos policiais durante as operações
O Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães) completou 52 anos no último domingo (14). Neste período, além de muita fofura, o batalhão coleciona participação em operações exitosas. O reforço de quatro patas é essencial na identificação de substâncias ilícitas e armas. Somente neste ano, de janeiro a maio, foram 250 acionamentos para operações realizadas por unidades da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e também da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
A maior parte dos cinquenta e cinco cães – 60% – dos cães desempenham dupla função: no policiamento ostensivo/choque e detecção de substâncias. Eles são das raças Pastor Belga de Malinois, tendo também Labrador e Rottweiler.
O Batalhão possui viaturas adaptadas para abrigar os cães. “Eles são como um quarto homem dentro da viatura. “O papel do cão policial é essencial em ações em que suspeitos, em fuga, se desfazem de armas ou drogas. Encontrar esses materiais pode essencial numa investigação. Desta forma, sendo à noite ou nos em locais difíceis, como matagais e escombros, o faro dos cães é primordial”, explicou o comandante do BPCães, major Carlos Reis.
Treinamento
O treinamento dos cães para atuação é feita com uso de caixas com os odores que eles deverão identificar nas buscas. Chega a ser incrível a atuação dos cães.
“Os cães são estimulados a caçar os brinquedos como bolas e mordentes. A partir daí eles são apresentados caixas de madeiras com diferentes tipos de odores, como de entorpecentes, armas e munição. Eles aprendem que, ao encontrar aquele odor, ele irá receber uma recompensa, que é o seu brinquedo. Para eles, o treino é encarado como uma brincadeira”, disse Reis.
O treinamento tem início quando o animal completa 60 dias de vida, com o policial que será o responsável durante a atuação no BPCães. No início eles aprendem a atuar em pisos como cascalho, lama, piso liso de shopping e de metal, como no metrô. Logo depois, eles conhecem ambientes com som de todos os tipos, como ambiente rodoviárias, barulho do motor de ônibus, bombinhas. “Vamos aumentando o grau de dificuldade de acordo com a maturidade do filhote. Paralelo a isso, socializamos o animal em todos os ambientes que ele irá atuar, como shoppings, rodoviárias e aeroporto. É importante que eles se sintam à vontade com outras pessoas próximas e mesmo assim desenvolvam o trabalho deles”, disse Reis.
Os animais atuam por no máximo sete anos. Nesse período, são realizados testes para aferir a atuação do cão, se ele está ou não apto para a atividade.
Cuidado
Os cães passam por cuidados diários. Além de uma veterinária e um auxiliar veterinário que atuam diariamente na unidade – que fica localizada no Setor Policial – eles contam com treinadores, cuidadores. A PMDF também tem um centro veterinário para os cuidados com os animais.
“Eles têm o horário para brincadeiras. Diariamente o policial responsável pelo cão, ao chegar ao batalhão, tira-o da baia, faz a higiene e logo depois o treinamento. São nossos policiais amigos, nossos parceiros de trabalho”, finalizou o major.
* Com informações SSP-DF