15/07/2020 às 16:32, atualizado em 16/07/2020 às 09:37

Comércio 100% aberto, porém cuidados precisam continuar

População pode ajudar fiscalização denunciando na Ouvidoria-Geral do GDF pelo telefone 162

Por Ary Filgueira, da Agência Brasília I Edição: Carolina Jardon

Aos poucos, o comércio do Distrito Federal vem retomando as atividades. Depois de salão, feiras, shoppings, agora foi a vez do bares e restaurantes abrirem suas portas nesta quarta-feira (15). Porém, a liberação não significa um salvo-conduto para o brasiliense. As regras e orientações continuam as mesmas: saia de casa somente ser necessário. Se o fizer, use máscara e mantenha distância.

A intenção do governador Ibaneis Rocha ao abrir os bares e restaurantes foi dar mais conforto e opção ao brasiliense. Sem contar, que a medida visa evitar que empresários do setor fechem as portas e aumentem ainda mais o desemprego.

Em entrevista a uma emissora de televisão local, Ibaneis Rocha ponderou que está tomando todas as medidas e precauções para controlar a pandemia e conseguir atender todos os pacientes infectados. Mas reforçou que a saúde depende de cada um. “Estou fazendo o que está dentro de meu alcance. Tenho dito sempre: consigo ofertar uma rede de saúde, mas a vida, depende de cada um”, conclamou.

“É importante que as pessoas tenham consciência de que cada um de nós é responsável pela contenção do vírus. Não tem vacina nem remédio para a Covid. Abrir o comércio era uma necessidade, mas a população tem que saber que é importante manter todos os cuidados de prevenção”, diz o governador.

Então, nesta quarta-feira (15), dia em que oito mil bares, restaurantes e similares voltam a funcionar depois de quase quatro meses fechados, a fiscalização do GDF será redobrada. É preciso que todos façam a sua parte: proprietários de estabelecimentos e, principalmente, clientes interessados na volta desse tipo de comércio. A exigências são: distância mínima de dois metros entre as pessoas, obrigatoriedade de utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), organização de escalas de revezamento nos estabelecimentos comerciais, disponibilização de álcool gel e aferição de temperatura.

A Vigilância Sanitária será responsável por fiscalizar esse cumprimento. Representantes do órgão passaram as últimas semanas em reunião com empresários do setor, orientando o que pode e o que não pode fazer. Equipes de fiscalização estão reforçando as ações em todo o Distrito Federal para cumprir a determinação do governador Ibaneis Rocha de apertar o cerco aos infratores.

Cada região tem um Núcleo de Inspeção Sanitária com equipe própria. Praticamente em todas as cidades. Pela proximidade, Águas Claras e Taguatinga possuem um mesmo núcleo. Do mesmo modo, Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol. Desde o início, a vigilância tem intensificado a fiscalização. O estabelecimento que for flagrado descumprindo as exigências, poderá ser novamente fechado.

O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar-DF), Jael Antônio Silva, está confiante no cumprimento das orientações impostas pelos órgãos de fiscalização local ao setor. Para ele, a decisão do governador de abrir os estabelecimentos foi acertada. “Quem aguenta ficar quatro meses trancado em casa? Temos de confraternizar. Fazer uma bela refeição num bom restante”, reforça.

Jael garante que os empresários se prepararam para esse dia e concorda que os clientes têm sua parte importante no processo de evitar que o setor seja um vetor da Covid-19. “Estamos preparados. Tomamos uma séria de medidas. Com uma série de convencimentos e transferindo parte disso para o nosso cliente, a gente tem certeza que tudo vai dar certo”, vaticinou.

O dia mal havia nascido e o proprietário de um bar e restaurante na quadra 102 do Sudoeste dava os últimos retoques antes de servir a primeira refeição após  meses de portas fechadas. Alcioni Ricardo sinalizava com fita vermelha a distância de dois metros entre uma mesa e outra. “A gente vai respeitar. A gente vai alertar essas pessoas que o é obrigatório. Quem não respeitar, a gente pode até chamar a polícia para retirar”, alerta o empresário, dono de 54 postos de emprego.

A preparação do restaurante era acompanhada pela fisioterapeuta Laila Faria, 33 anos, que é a favor da abertura do comércio. “O fechamento do comércio pode gerar uma outra crise que é o desemprego e a onda de pessoas depressivas. Então, o governo fez o certo em abrir”, explica.

Como colaborar
A população pode ajudar fiscalização denunciando na Ouvidoria-Geral do GDF pelo telefone 162 e escolher a Opção 2 ou no canal da Vigilância Sanitária, que é o 160.