24/07/2020 às 08:13

Paulo Feitosa: ‘Fomos os primeiros a dar anticoagulante contra Covid-19’

Médico do Hran diz que remédio previne coágulos na circulação que dificultam a respiração

Por Ary Filgueira, da Agência Brasília | Edição: Fábio Góis

Paulo é coordenador de Planejamento do Comitê de Emergência Covid-19 | Foto: Divulgação

Quando a curva de contaminação deve ser achatada e, em consequência, o número de novos casos deve começar a cair?

A gente está no platô da doença. Então, a tendência é que, entre sexta (24) e quarta-feira (29), a gente comece a descer a ladeira. O Hran não errou uma previsão. Todas foram em cima.

Já existe estudos a garantir que a Covid-19 deixa sequelas?

Sim. Existem pacientes no Hran com sequelas. As mais comuns são neurológicas e respiratórias.

É garantido que todo mundo que pegou a doença esteja imune?

Não. Não há como garantir isso. Houve pessoas que apresentaram quadro leve e não estão com imunidade comprovada no exame de sangue.

Nesta época de seca, os casos de problema respiratório aumentam. Diante de sintomas, a pessoa deve fazer o quê?

Nesta época você tem aumento de gripes e resfriados. Então, neste momento, em que a gente está no pico da pandemia, qualquer pessoa com dificuldade respiratória deve procurar assistência médica.

A China, hoje, é o país mais capacitado para fazer a contenção do vírusPaulo Fonseca, pneumologistaesquerda

Onde ela procura?

Hoje a pessoa com suspeita de ter contraído Covid-19 tem várias opções na rede pública de saúde. Não só o Hran, mas Ceilândia (HRC), Gama (HRG) também possuem médicos experientes e preparados.

A ciência corre contra o tempo em busca de uma vacina para a doença. O Distrito Federal será uma das unidades da federação que terá voluntários para receber uma desenvolvida na China. O senhor está otimista nesta busca?

Estou bastante otimista. Deve ser a solução final da doença. A China hoje é o país mais capacitado para fazer a contenção do vírus. A vacina chinesa, que será testada aqui, e a desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, estão numa situação muito parelha. Certamente, elas darão a solução final para essa pandemia.