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25/07/2020 às 12:01, atualizado em 25/07/2020 às 12:34
Outras cinco seguem em fase de execução e ao menos 13 deverão começar a ser construídas em 2021, impulsionando o atendimento à Atenção Primária no DF
As unidades têm auxiliado, inclusive, na primeira abordagem de pacientes com sintomas de Covid-19. Isso evita sobrecarga em hospitais, desafoga a demanda dessas unidades e mantém a conexão com toda a rede hospitalar na retaguarda.
O secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo, lembra que mesmo em meio à pandemia o GDF conseguiu passar de 90% a abrangência do atendimento do PSF. Segundo ele, o investimento na Atenção Primária é o motor de transformação do sistema público de saúde. “É na prevenção que está a grande resposta para a eficácia do serviço e melhoria da qualidade de vida do cidadão”, aposta.
De acordo com o coordenador de Atenção Primária da Secretaria de Saúde, Fernando Erick, a UBS presta um serviço mais próximo da comunidade, acompanhando o dia a dia dessas famílias, bem como evita adoecimentos e gera economia aos cofres públicos. “Realizamos um trabalho preventivo, abandonando a cultura de só resolver os problemas depois de eles já terem acontecido”, ressalta Fernando.
No Distrito Federal, mais de 70% da população não possui um plano de saúde e está entre os chamados “SUS dependentes”, ou seja, os que só podem contar com o Sistema Único de Saúde. “Estamos passando por um momento de consolidação da atenção primária e expandi-lo é fazer com que ele se torne ainda mais forte e eficaz”, defende o coordenador.
O DF conta com 172 UBSs, número que vai aumentar significativamente nos próximos dois anos. Atualmente, outras quatro unidades estão em fase de construção no Mangueiral, em São Sebastião; no Buritizinho, em Planaltina; no Paranoá Parque, no Paranoá; na QNR 2 de Ceilândia; e no Vale do Amanhecer, também em Planaltina.
Todas estão com 15% a 25% de execução realizada. A expansão para outras regiões administrativas está em fase de elaboração do projeto, como estudos de viabilidade da obra, adequação e regularização do terreno. As UBSs em funcionamento no DF ampliaram seu turno de atendimento (confira aqui).
As equipes de atendimento do Programa Saúde da Família também aumentaram em 2020: saltaram de 366, em janeiro, para 524 em maio, após a contratação de novos agentes comunitários.
Supervisora de Atenção Primária no Paranoá, Luciana Maciel Lopes diz estar ansiosa para que a unidade em construção no conjunto habitacional Paranoá Parque seja concluída. Atualmente, ela atua em um posto provisório na região enquanto a UBS não fica pronta.
Enquanto atende os casos de Covid-19 que chegam por lá diariamente, ela e os colegas mantém a rotina de acompanhamento da demanda programada. Pré-natal de gestantes, crescimento e desenvolvimento de crianças até 5 anos e hipertensos e diabéticos estão entre as responsabilidades diárias.
Para a médica da UBS do Paranoá, a nova unidade facilitará o acesso da população e melhorará a logística de atendimento no Paranoá Parque. “Será um ganho enorme para a comunidade, que não precisará mais se deslocar para longe, e para nós, profissionais, que estaremos mais próximos dos atendimentos domiciliares”, explica Luciana.