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01/08/2020 às 09:51
Fisioterapeuta do HRG tem aplicado a técnica em pacientes da emergência e da enfermaria
Essa estratégia da fisioterapia consiste em posicionar o paciente em decúbito ventral (barriga para baixo), o que deve resultar em distribuição mais uniforme do estresse e da tensão pulmonar, melhora da relação ventilação/perfusão, da mecânica pulmonar e da parede torácica. A ação, de acordo com nota técnica da Associação Brasileira de Fisioterapia, tem contribuído para redução da duração da VM e da taxa de mortalidade avaliada em um seguimento de 28 a 90 dias.
Recuperação
Segundo Estevão, a equipe observou que os pacientes que recebem a técnica apresentam melhora considerável. Em alguns casos, quem possivelmente teria indicação de ventilação mecânica não precisou do suporte.
“Conseguimos perceber uma melhora significativa nesses pacientes que chegam aqui com dificuldade respiratória e baixa oxigenação. Inclusive, no momento da alta, estamos recomendando a técnica para ser continuada em casa”, explica.
O profissional destaca que o processo melhora a relação difusão-perfusão mesmo com o paciente acordado e lúcido. No protocolo adotado, o ideal é que a pronação seja utilizada nas primeiras 48 horas em pacientes que apresentem falta de ar. Ela é mantida por pelo menos 16 horas.
No entanto, a primeira observação da técnica já é feita após uma hora em posição prona, em que é executada uma gasometria para avaliar se o paciente responde ou não a essa estratégia.
Junto com esse manejo são utilizadas outras técnicas de fisioterapia motora e respiratória. São movimentações precoces e exercícios respiratórios que ajudam a melhorar a dinâmica respiratória do paciente.
Isso contribui para uma melhor interação e resposta do corpo no combate à doença. Assim, o organismo consegue manter-se estável e atuante no processo de ataque viral da patologia.
* Com informações da Secretaria de Saúde