07/08/2020 às 09:50, atualizado em 07/08/2020 às 10:36

Pais temporários, amor eterno: participe do Família Acolhedora

Interessados têm até o dia 20 de agosto para se candidatar a cuidar, temporariamente, de crianças que foram afastadas dos lares por medida judicial

Por Agência Brasília * | Edição: Renato Ferraz

Estão abertas até o dia 20 de agosto as inscrições para os interessados em participar do Família Acolhedora. O serviço foi criado para evitar que crianças, que tiveram direitos violados quando estavam com suas famílias de origem, sejam encaminhadas para abrigos e percam, assim, o convívio familiar. A ação é uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com a Promotoria de Justiça do DIstrito Federal, a Vara de Proteção da Infância e da Juventude e o Grupo Aconchego, organização da sociedade civil responsável pela execução do serviço no DF.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Atualmente, 17 famílias estão habilitadas a dar a meninos e meninas na primeira infância a oportunidade de se manterem em um núcleo familiar até a reintegração à família de origem.

Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha, no Distrito Federal, o Família Acolhedora é importante para evitar o abrigamento institucional. “É fato que a institucionalização, principalmente na primeira infância, gera prejuízos no desenvolvimento dessas crianças, que já passaram por uma situação de violação de direito ou violência. Então, esses pais acolhedores ficam responsáveis por proporcionar um ambiente seguro e aconchegante, que estimule as potencialidades dessas crianças“, enfatiza.


Requisitos para a inscrição

Para se cadastrar no serviço, as famílias voluntárias precisam atender alguns pré-requisitos como:

residir no DF;

ter disponibilidade afetiva e emocional;

haver concordância de todos os membros do núcleo familiar;

não estar cadastrado no Cadastro Nacional de Adoção;

não ter antecedentes criminais;

comprovação de renda

habilidade em ser cuidador


Curso de capacitação

As famílias voluntárias inscritas no serviço têm que passar por uma capacitação de seis semanas com encontros de duas horas, uma vez por semana. O curso está previsto para iniciar no próximo dia 25 de agosto. Também é realizado um estudo psicossocial feito pelo Grupo Aconchego.

As etapas vão avaliar as motivações, disposição, desejo e habilidades do núcleo familiar para acolher. Durante o período em que durar a medida, a família biológica do acolhido vai ser acompanhada por especialistas que darão o aval para o retorno da criança ao lar de origem.

* Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes)