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20/08/2020 às 18:50, atualizado em 20/08/2020 às 18:54
Álcool em gel é um dos insumos mais avaliados
Na análise pactuada são coletadas três amostras. Duas são encaminhados para o Lacen e o outra fica no local da coleta. Caso o resultado dê insatisfatório, o fabricante pode pedir a contraprova e enviar um perito para fazer uma reanálise no material reprovado, que fica retido no local.
Caso volte a dar resultado insatisfatório, mais uma análise é feita com uma terceira amostra. Se o produto se mantiver com avaliação insatisfatória, a Vigilância Sanitária notifica o fabricante, que deve recolher todos os produtos do lote em questão.
“As análises são feitas por lote de produto. Quando são casos de apreensão, a Vigilância Sanitária pede uma interdição cautelar, segrega os produtos e impede o uso até que saia o resultado da análise. Se for satisfatório, o produto é liberado para uso”, enfatiza Rodrigo Campos.
Segundo Rodrigo, é feita a análise nos seguintes aspectos: rotulagem, para verificar se todas as informações necessárias estão presentes; validade do registro; Ph do álcool e características organolépticas – no caso, o aspecto do álcool; e o teor do álcool, que deve ser de acordo com o informado, geralmente de 70%, suficiente para matar bactérias.
O Lacen-DF é responsável por atestar os padrões de qualidade do álcool 70% e dos saneantes. Para tanto é verificada a validade do registro do produto e são feitas as análises da embalagem, da rotulagem, das características organolépticas (aspecto), da determinação de pH e da determinação do teor.
Essa análise tem uma parte documental, que é a verificação de registro e rotulagem e a avaliação laboratorial, que é a verificação do Ph e do teor de álcool, feito por meio de destilação, processo físico-químico.
“Este é um trabalho em realizamos o monitoramento do mercado, para verificar a qualidade dos produtos que estão sendo disponibilizados à população. Neste momento torna-se de grande importância, principalmente com relação aos saneantes e álcool em gel, porque são produtos muito usados na prevenção da Covid-19. É uma medida de segurança e prevenção para evitar o contágio e proliferação do coronavírus”, avalia Rodrigo Filgueiras.
O gerente reitera que é necessário ter certeza da qualidade desses produtos, para verificar se eles realmente têm a quantidade de álcool que se diz ter, se tem a qualidade e eficácia necessária, para garantir o uso seguro e eficaz na sua ação pretendida. Quando se faz a análise, há como comprovar se o produto tem os padrões de qualidade exigidos pelas normas vigentes.
O não cumprimento das normas de qualidade e das Boas Práticas de Fabricação pode ocasionar implicações à saúde pública. Ou seja, se não tiver a qualidade informada ou seguindo os padrões de qualidade, com base no laudo, é possível retirar esse insumo com qualidade insatisfatória do mercado.
* Com informações de Secretaria de Saúde