25/08/2020 às 11:04, atualizado em 25/08/2020 às 14:27

Ambulatório Trans tem atendimento on-line

Durante a pandemia, somente as consultas com psiquiatras são presenciais

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

Como medida de segurança para evitar aglomerações e prevenir a proliferação do novo coronavírus, o Ambulatório de Assistência Especializada às Pessoas Travestis e Transexuais está mantendo a maioria dos atendimentos de forma virtual.

“A adoção de medidas sanitárias de enfrentamento da Covid-19 tem o objetivo de reordenar os processos de trabalho e assistência à população atendida no serviço. Com isso, criamos um plano de contingenciamento para assegurar o acompanhamento dos pacientes e diminuir a exposição dos profissionais e usuários do Ambulatório Trans ao novo coronavírus”, afirma André Peredo, psicólogo do Ambulatório Trans.

De acordo com ele, com a pandemia houve uma queda nos atendimentos devido à suspensão das atividades realizadas em grupo e baixa de servidores (afastamentos devido a questões de saúde).

“Durante a pandemia priorizou-se a continuidade aos atendimentos de usuários já cadastrados no serviço. Atualmente o serviço possui 475 jovens e adultos cadastrados. Acessam o serviço de acordo com sua necessidade e fase do acompanhamento, sendo o espaçamento entre um atendimento e outro variado, ou seja, com intervalos semanais, quinzenais e até semestrais”, explica.

A maior parte dos atendimentos do Ambulatório Trans está sendo realizada de maneira virtual, por meio de teleatendimento. É o caso das consultas nas seguintes especialidades: Endocrinologia, Assistência Social, Terapia Ocupacional e Psicologia. Os atendimentos da Psiquiatria continuam presenciais, porém, com horário marcado e adotando todas as medidas de biossegurança, como uso de máscara e distanciamento.

Neste mês, a equipe retomou os grupos terapêuticos, mas na modalidade virtual, por meio de aplicativo de celular. O objetivo é ampliar o acesso dos usuários ao serviço. Tal medida ainda se encontra em avaliação pelos profissionais, especialmente no que tange à adesão por parte dos usuários, que pode ser muito influenciada pelas condições de acesso à internet, dentre outros desafios dessa modalidade de atendimento.

Admissão

Hoje, o desafio da Ambulatório Trans, segundo o psicólogo da unidade, é retomar as atividades terapêuticas em grupos e voltar a admitir pacientes, tendo em vista que os novos usuários precisam passar pelo Grupo de Entrada. Antes do início da pandemia o ambulatório admitia de 15 a 18 usuários novos por mês.

Por isso, as pessoas interessadas em iniciar acompanhamento no Ambulatório Trans, podem ligar, enviar mensagem por whatsapp ou enviar e-mail (Telefone: 20117-1145, Ramal: 7661; whatsapp (98120-0693), e-mailambtrans.sesdf@gmail.com), solicitando inclusão do nome na lista de espera para o “Grupo de Entrada”.

A equipe trabalha no sentido de restabelecer as admissões de novos usuários no ambulatório, entretanto, por meio de acolhimentos individuais. A partir de setembro, as pessoas aguardando o Grupo de Entrada, serão acolhidas individualmente na modalidade de teleatendimento, via atendimento telefônico ou vídeo chamada. O referido acolhimento será realizado em regime remoto, pelo médico de família do Ambulatório Trans.

Unidade

Localizado no Hospital Dia da 508/509 Sul, o Ambulatório Trans presta atendimento à população trans do DF desde agosto de 2017 em suas necessidades específicas e ainda funciona como referência para que estudantes, estagiários e profissionais de saúde possam conhecer a realidade do segmento. A unidade funciona de segunda a sexta-feira e oferece atendimento multidisciplinar. Sua equipe é composta por psicólogos, assistente social, endocrinologista, psiquiatra, terapeuta ocupacional e enfermagem.

*Com informações da Secretaria de Saúde