29/08/2020 às 15:52, atualizado em 01/09/2020 às 07:52

Satélite vai ajudar produtores rurais

Projeto Alpha Crux permitirá, por meio de um nanossatélite, comunicação por voz e texto em regiões com baixa infraestrutura

Por Ana Luiza Vinhote, da Agência Brasília | Edição: Fábio Góis

Renato Borges: “Projeto é peça fundamental para novas tendências tecnológicas” | Foto: Instituto de Engenheiros Eletrotécnicos

Além do docente, o projeto é desenvolvido por mais 13 membros, entre professores, alunos e servidores técnico-administrativos no Laboratório de Simulação e Controle de Sistemas Aeroespaciais (Lodestar). Renato Borges salienta a dimensão da iniciativa para o desenvolvimento tecnológico da capital.

“Brasília tem capacidade de ser um grande polo do setor espacial. Essa missão permite que a gente possa interagir com outros projetos. É uma peça fundamental para novas tendências tecnológicas”, aponta.

Investimento

O GDF tem fomentado os estudos científicos na busca para solucionar as principais necessidades locais. De 2018 para 2019, houve aumento de 64,5% no total empenhado (confira na ilustração abaixo). Até junho deste ano já foram investidos R$ 93,4 milhões, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAPDF), entidade vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

Para conter a pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19, o governo local investe R$ 48 milhões em pesquisas. Além da FAP-DF, fazem parte da parceria a Secti, a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) e a Universidade de Brasília (UnB). No ano passado, a fundação investiu R$ 4,8 milhões na participação em eventos científicos, tecnológicos e de inovação – e ainda lançou três chamadas que contemplaram 83 pesquisadores.

Diretor-presidente da FAP-DF, Marco Costa Júnior destaca a importância do projeto para o desenvolvimento de soluções práticas eficientes contra os problemas da sociedade, nas mais variadas áreas. “Com o conhecimento de ponta gerado pelos pesquisadores da UnB e a parceria estratégica da AEB seremos inovadores ao lançar um nanossatélite com tecnologia embarcada capaz de contribuir para o aumento da conectividade em escala global”, reforça.

Marco acrescenta que o projeto também reforça o potencial da mão de obra científica. “Não apenas contribuímos para o avanço da tecnologia aeroespacial, como daremos um grande salto para colocar a capital na rota dos pólos irradiadores de inovação e soluções baseadas em ciência e tecnologia aplicáveis a questões como segurança nacional, comunicações, agricultura e educação, entre outras”, conclui.