02/09/2020 às 18:37, atualizado em 03/09/2020 às 16:30

Prevenção ao suicídio de crianças e adolescentes

Objetivo é promover ações que preservem a saúde física e mental dos jovens

Por Agência Brasília * | Edição: Chico Neto

Valorizar a vida e investir na prevenção ao suicídio de crianças e adolescentes do DF é a meta da campanha Setembro Amarelo, aberta nesta quarta (2) pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). O mês será marcado pelo lançamento de uma edição especial da revista Turma do Sejuquinha, com linguagem adaptada ao público infantil.

Também haverá atividades de conscientização nas unidades do Sistema Socioeducativo, com oficinas, saraus, palestras sobre saúde mental, bate-papos e plantio das sementes de girassol, planta que representa vitalidade e alegria. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apoia a ação.

“Esse assunto precisa deixar de ser um tabu”, alerta a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Por isso, desenvolvemos uma campanha para conscientizar, informar e promover a escuta e o acolhimento das crianças e adolescentes, enquanto oferecemos uma rede de apoio com políticas públicas efetivas. Precisamos prevenir os pensamentos autodestrutivos, levando mensagens de esperança, sonhos e valorização da vida.”

“Precisamos prevenir os pensamentos autodestrutivos, levando mensagens de esperança, sonhos e valorização da vida”Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadaniacentro

Ações de prevenção

A escolha do mês decorre do Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, comemorado em 10 de setembro. As ações de conscientização foram criadas para observar questões emocionais, sociais, econômicas e qualquer outra condição que possa comprometer a saúde física e mental de crianças e adolescentes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o suicídio como um grave problema social e de saúde pública. Segundo a pesquisa divulgada em 2019 pela instituição, a cada 40 segundos, uma pessoa tira a própria vida, sendo essa a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, atrás apenas dos acidentes de trânsito. No Brasil, entre 2011 e 2017, foram registrados 80.352 óbitos por suicídio, dos quais 27,3% ocorreram na faixa etária de 15 a 29 anos.

Para especialistas da saúde, é importante que familiares fiquem atentos aos sinais de alerta do suicídio, que são indicados por postagens de textos ou imagens tristes nas redes sociais. A falta de esperança, expressão de ideias ou intenções suicidas, diminuição ou ausência de autocuidado, alterações de humor, crescente isolamento de amigos/família e a autoagressão também são indicativos de pensamentos destrutivos.

Sistema Socioeducativo

Na terça-feira (1º), a Subsecretaria do Sistema Socioeducativo (Subsis), da Sejus, lançou a campanha + Vida no Socioeducativo, que consiste em conscientização para adolescentes de 18 unidades de meio aberto, semiliberdade, internação e internação provisória do DF.

Todas as atividades programadas vão seguir as orientações sanitárias necessárias para evitar a propagação do novo coronavírus – como o uso das máscaras de proteção, de álcool gel e respeito ao distanciamento social.

A Sejus coordena as políticas para ressocialização dos adolescentes em conflito com a lei no DF. A Subsis é a área responsável pela administração geral das 30 unidades orgânicas de atendimento aos adolescentes, sendo nove de internação, seis de semiliberdade e 15 de prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida. Também tem a atribuição de planejar, coordenar, executar e avaliar programas, projetos e atividades de medidas socioeducativas. O sistema conta com 1,2 mil servidores socioeducativos.

* Com informações da Sejus