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15/09/2020 às 14:26, atualizado em 15/09/2020 às 14:42
Com participação do ultramaratonista Sílvio Pires e do psiquiatra Carlos Guilherme Figueiredo, encontro virtual será nesta quarta-feira (16)
Dentro da dinâmica de valorização da vida, mote da campanha Setembro Amarelo – criada com fundamento no Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, 10 de setembro –, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) fará uma transmissão ao vivo, a partir das 18h desta quarta-feira (16), por meio do Instagram da pasta (@esporte.df).
Mediado pela secretária de Esporte, Celina Leão, o bate-papo virtual terá a participação do ultramaratonista da Seleção Brasileira Sílvio Pires de Lima e do psiquiatra Carlos Guilherme Figueiredo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília.
“Esse é um tema bastante sensível e que merece toda a nossa atenção, principalmente em um momento como agora, em que boa parte da população precisou ser isolar por meses seguidos em suas casas, em função da pandemia”, destaca Celina.
“Esse é um tema bastante sensível e que merece toda a nossa atenção, principalmente em um momento como agora, em que boa parte da população precisou ser isolar por meses seguidos em suas casas, em função da pandemia”Celina Leão, secretária de Esportecentro
Para a secretária, é importante manter o foco nos exercícios. “Com as atividades sendo retomadas gradualmente, dentro dos protocolos de segurança, nós incentivamos cada vez mais as práticas de atividades físicas para a saúde do corpo e da mente”, ressalta. “Os dois estão em sintonia. Sem dúvida, esporte é qualidade de vida, e, nesta semana, vamos discutir a sua importância como forma de prevenir diversos transtornos psicológicos.”
História de superação
O atleta Sílvio Pires de Lima tem uma vivência vitoriosa a compartilhar. Há cerca de oito anos, ele apresentou um quadro de depressão em que o desânimo e a falta de vontade em realizar as tarefas diárias começaram a prejudicar o casamento, o relacionamento com os filhos e o trabalho. “Não tinha como continuar daquela forma”, conta. “Me sentia mal, com tensão muscular, depressão, cansaço da rotina. Nem a minha fé estava ajudando a vencer essa batalha”.
O quadro depressivo começou a mudar quando um amigo seu recebeu um convite para participar de uma corrida: Sílvio enxergou naquele modelo de vida, ainda estranho, uma oportunidade para mudar radicalmente. Mergulhou na rotina de esportista com treinamentos e dedicação e logo começou a ver resultados positivos em seu ambiente pessoal.
A mudança repercutiu em suas conquistas esportivas. Em 2015, ele completou pela primeira a vez a Maratona Ecocross e, no ano seguinte, alcançou a 16ª posição no mesmo evento. Levou o quarto lugar na ultramaratona em que correu ao lado de mais de 2,5 mil atletas. Em 2018, em Brasília, sagrou-se campeão da ultramaratona, após percorrer 74 km.
Entre tantos outros pódios, com o desempenho na 16ª Volta do Lago Brasília, Sílvio foi convocado pela Seleção Brasileira de Ultramaratona para representar o Brasil no Campeonato Continental de Ultramaratona de 100 km das Américas e conquistou o sexto lugar. “O que eu passo é que o esporte pode sim mudar vidas”, ensina. “Atividades podem ser um grande aliado nesse processo. Precisamos alertar as pessoas sobre a conscientização sobre essas doenças invisíveis”.
“O que eu passo é que o esporte pode sim mudar vidas. Atividades podem ser um grande aliado nesse processo”Sílvio Pires de Lima, ultramatorista da Seleção Brasileira centro
Reforço ao Setembro Amarelo
O psiquiatra Carlos Guilherme Figueiredo valoriza as ações a favor da vida que ocorrem durante o ano inteiro, com ênfase no mês de setembro. “Nós tivemos um ano muito atípico, e, com certeza, essa campanha ganha ainda mais força”, avalia.
“Nós tivemos um ano muito atípico, e, com certeza, essa campanha ganha ainda mais força”Carlos Guilherme Figueiredo, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasíliacentro
Ele lembra que um nítido sinal de alerta para que se procure uma avaliação profissional é o momento em que o desânimo impacta diretamente na produção diária da pessoa a ponto de impedi-la de fazer atividades antes consideradas prazerosas.
“Quando essa ansiedade começa a gerar prejuízos, é preciso tratamento”, orienta. Já as consequências desse período de pandemia ainda não podem ser avaliadas, já essa é situação nunca antes vivida pela sociedade atual.
* Com informações da SEL