29/09/2020 às 18:12, atualizado em 30/09/2020 às 15:10

Quando o lixo vira questão de saúde pública

Setenta toneladas de entulho são retiradas da casa de acumuladora em Arniqueira. Vigilância Ambiental, SLU e outros órgãos participam da ação

Por Agência Brasília* | Edição: Freddy Charlson

A Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde participou de uma ação da Administração Regional de Arniqueira, nesta segunda-feira (28), vistoriando casa de uma acumuladora no Areal, área pertencente à região administrativa. Ao todo, 70 toneladas de entulho foram retiradas da residência, o que exigiu a utilização de um trator e de 20 caminhões de vários órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), como Defesa Civil e Serviço de Limpeza Urbana (SLU). A vigilância vistoriou a possibilidade de focos do mosquito Aedes aegypti no local.

De acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental responsável por Arniqueira, Herica Marques, a moradora acumulava objetos em sua casa desde 1991. Contudo, durante o fim de semana, a pilha de entulhos desmoronou. A Administração Regional de Arniqueiras recebeu várias denúncias, via Ouvidoria, de moradores da região que reclamavam sobre a quantidade de entulho acumulados na residência e pediam a limpeza.

“Antes da ação, fizemos duas visitas na residência. Na última, tentamos orientar a moradora a fazer a limpeza no local, já que ela nem conseguia mais entrar na própria casa devido aos entulhos. Ela dormia no lado de fora. Quando a pilha desmoronou, felizmente ninguém se machucou”, informou Herica Marques.

Segundo a gestora, todos os animais que estavam nos entulhos, como ratos e baratas, espalharam-se pela rua. Como ainda não era possível entrar na residência devido à quantidade de lixo, as equipes da Vigilância Ambiental não conseguiram verificar durante o dia se havia focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Criadouro

A estimativa da Vigilância Ambiental é que na casa de um acumulador é possível encontrar até cinco mil materiais inservíveis (depósitos), que podem ser usados como um possível criadouro em potencial do Aedes aegypti.
Depois do ocorrido, a moradora autorizou as equipes a fazerem a sanitização na própria residência. Como os profissionais que fizeram a ação acreditam que a acumuladora necessite de acompanhamento na rede pública de saúde mental, ela foi orientada a procurar um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da região.
*Com informações da Secretaria de Saúde